A criação de Polos de Economia Criativa é uma boa perspectiva para os jovens paulistanos, escreve Leandro José dos Santos

 

Leandro José dos Santos, militante do PSD Jovem, membro do Conselho Municipal dos Direitos da Juventude (CMDJ) de São Paulo.

 

Nesta sexta-feira, 25 de janeiro, São Paulo completa 465 anos de vida. Vida essa bem agitada para uma população estimada em aproximadamente 12 milhões de habitantes, sendo que desta parcela temos um número aproximado de 3 milhões jovens segundo dados da Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania em pesquisa realizada em 2013.

Com a última crise econômica que o Brasil sofreu e vem se recuperando aos poucos, a juventude foi muito afetada, ficando à beira da marginalidade social. E esse agravante nacional refletiu na capital: 17,6% dos paulistanos estão desempregados.

A perspectiva de conseguir seu primeiro emprego – ou recuperar um, no caso daqueles que ajudam no rendimento domiciliar -, gera um aumento de ansiedade em relação as concretizações de seus sonhos e cobranças consigo mesmo, caso de saúde pública também.

Pesquisa realizada pela Consumoteca em 2016, noticiada no jornal eletrônico Nexo, relata como a geração Y (18 anos até 35 anos) vê o cenário atual.

Trazendo esse cenário nacional para a realidade municipal, estamos a menos de dois anos das eleições municipais. O jovem paulistano tem a oportunidade de contribuir para a mudança da gestão da cidade.

Em 7 de outubro de 2015, Andrea Matarazzo levou à Câmara Municipal de São Paulo o projeto de lei dos Polos de Economia Criativa. Foi aprovado em primeira votação. É uma das formas de os jovens superarem este momento, acreditando em si e descobrindo talentos que muitas vezes estão incubados, e assim construir uma carreira empreendedora.

Esse tipo de economia reflete na área tecnológica, as startups, mercado liderado por jovens. Pode fazer de São Paulo uma cidade geradora de empregos tanto quanto o Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos.

O Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo é igual ao da Grécia, ou seja, se nossa cidade fosse um País seríamos a 49ª economia mundial. Apesar desses anos de crise, a cidade se manteve firme, tendo a economia mais sólida do País.

Na minha percepção de jovem, acredito em uma melhora na economia e em novas oportunidades para a nossa geração. O momento será para quem, no período desta crise, não desanimou e veio se preparando para as mudanças. Já notei um aquecimento e ensaio das empresas em contratar estagiários e profissionais recém-formados. A partir do dia 1 de fevereiro de 2019, com um novo Congresso Nacional, e favorecendo leis de cunho liberal, o empreendedor brasileiro terá coragem e confiança em investir novamente. A reforma de Previdência vem se aproximando, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi boa enquanto durou – e temos muito a agradecer -, mas o mundo caminha para novos rumos e São Paulo faz parte dele. Não é mais vantajoso para o jovem empregado ou empregador a existência da CLT. São Paulo, sendo um dos centros financeiros do mundo, tem a ganhar. E nós, como juventude, também teremos a responsabilidade de contribuir nessa mudança e nunca esquecer do social com jovens que necessitam de uma atenção a mais. A periferia tem dificuldade para acessar diversos serviços, pois carece ainda de mobilidade decente. Mobilidade que, bem estruturada e investida, será essencial para desenvolver ainda mais a potencialidade da economia paulistana.

Referências:

Nexo Jornal: Como a crise econômica afeta a geração Y em 4 gráficos

Agência Brasil: Startups crescem no Brasil e consolidam nova geração de empreendedores

G1: Na área de startups, São Paulo gera tanto emprego quanto o Vale do Silício, diz pesquisa

Fecomercio: Aos 464 anos, São Paulo tem economia mais sólida do País