Climatologista Ricardo Felício diz que estudos do IPCC são uma fraude e visam a conter desenvolvimento dos países pobres como o Brasil

Segundo Ricardo Felício, não é o homem o responsável pelos ciclos de aquecimento. “Nós não temos es​sa importância toda”, diz ele.

A tese de que a atividade humana está provocando o aquecimento do planeta é uma fraude científica que atende a objetivos estritamente geopolíticos. A ideia foi defendida nesta quarta-feira (13) pelo climatologista Ricardo Augusto Felício, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), em palestra promovida pelo Espaço Democrático – ​a fundação de ​estudos e ​formação ​política do PSD.

Para Felício, que faz parte de um grupo de cientistas que contesta as informações que fundamentaram o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a ciência está sendo manipulada para legitimar políticas de controle global.

Felício diz que a própria ideia de aquecimento global deve ser relativizada. Isto porque a temperatura do planeta tem ciclos históricos e alternados de elevação e queda. “O planeta passa entre 10 e 15 mil anos quente e outros 100 mil anos frios”, diz o professor. E não é o homem, segundo ele, o responsável pelos ciclos de aquecimento. “Nós não temos es​sa importância toda”, diz ele​,​
que aponta três fatores controladores da temperatura da Terra: a atividade solar, os oceanos (a energia solar que incide sobre os mares provoca vários processos físico-químicos e biológicos), a atividade vulcânica, as nuvens e a água.

De acordo com os estudos que vem desenvolvendo sobre o tema, há vários pontos contestáveis nos documentos apresentados pelo IPCC, entre os quais aquele que aponta as emissões de CO2 (dióxido de carbono, gás emitido, por exemplo, na queima de combustíveis fósseis como a gasolina), como responsáveis pelo aquecimento. Ao contrário do que dizem os pesquisadores que orientam o IPCC, diz Felício, o gás carbônico é o gás da vida: “Sem o CO2, nenhuma forma de vida baseada em carbono existiria na Terra”.

Ele ainda questiona a confiabilidade dos relatórios sobre as emissões de CO2. Felício diz que grandes cientistas apontam falhas nos estudos. “O físico e matemático Freeman Dyson, por exemplo, diz que a atmosfera da Terra apresenta uma das concentrações mais baixas de CO2 de sua história”.

A palestra do climatologista da USP fez parte do ciclo Encontros Democráticos, que vem sendo realizado há mais de dois anos pela fundação do PSD.

O professor da USP atribui todo o processo desencadeado pelo IPCC, que resultou no Acordo de Paris – do qual o Brasil é um dos signatários – a três objetivos principais: cercear direitos civis, criar mais impostos, nacionais e mundiais, e aplicar métodos de controle total sobre a humanidade. “Por trás de toda esta história há elementos geopolíticos”, diz Felício. “Quem trabalha com esta hipótese fraudulenta quer conter o desenvolvimento de países pobres como o Brasil”.

A palestra do climatologista da USP fez parte do ciclo Encontros Democráticos, que vem sendo realizado há mais de dois anos e tem por objetivo analisar questões de interesse da sociedade brasileira, acumulando conhecimentos que ajudem a orientar a ação dos integrantes do PSD em suas diversas instâncias de atuação. A íntegra da fala de Ricardo Felício será publicada no site do Espaço Democrático. Para conhecer o conteúdo já produzido pelos Encontros Democráticos, clique aqui.