Comissão de Ciência e Tecnologia, presidida por Goulart (PSD-SP), realizou debate sobre os efeitos negativos da inteligência artificial e da robótica industrial no mercado de trabalho

O deputado Goulart: “O Brasil deveria ter políticas públicas para prever isso e estudos de como minimizar os efeitos”

 

A estratégia nacional diante do crescimento da inteligência artificial, os efeitos do crescimento da robótica no setor produtivo e o desemprego que a automação gera em todo o mundo foram alguns dos temas discutidos na terça-feira (16) durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Goulart, do PSD de São Paulo.

De acordo com o professor de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais, Virgílio Almeida, o Brasil não possui dados sobre o número de vagas ou postos de trabalho que serão fechados por conta da aplicação da chamada inteligência artificial. “O Banco Mundial publicou esta semana um estudo sobre o impacto no trabalho, mas não tinha nenhum dado do Brasil. O Brasil deveria ter políticas públicas para prever isso e estudos de como minimizar os efeitos”, afirmou.

Durante o debate, o deputado Goulart levantou outra questão importante. Ele lembrou que esse ano foi aprovada a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/18), mas o presidente da República, Michel Temer, vetou a criação da autoridade que iria fiscalizar a aplicação das regras de proteção de dados. “Nós temos ainda a possibilidade de derrubar o veto”, lembrou o parlamentar, autor do requerimento para realização do debate.

Inteligência artificial

A inteligência artificial e a robótica estão presente no dia a dia, como no carro autônomo e no sistema de atendimento telefônico dos hospitais. Estão também nas redes sociais, nos celulares, nos antivírus de computadores e no buscador de internet, como o Google, por exemplo.