Presidente interino do PSD diz em comissão na Câmara que, se a atual situação não mudar, "um colapso vai acontecer". Deputados como Evandro Roman e Indio da Costa também defendem medidas estruturais com urgência.
Guilherme Campos

Guilherme Campos: “Se não mudarmos a realidade, um colapso vai acontecer”.

Um dos parlamentares que mais defenderam o debate sobre a crise de abastecimento de água que atinge o Estado de São Paulo, o presidente interino do PSD, ex-deputado federal e ex-líder do partido na Câmara, Guilherme Campos, acredita que a principal causa do problema e é a falta de planejamento e a não execução das obras previstas para o setor.

Segundo ele, “se não mudarmos essa realidade, um colapso vai acontecer. Na região de Campinas, no final do ano passado, várias indústrias tiveram que parar suas atividades pela falta de água. É algo que tem um impacto direto na economia local, paulista e nacional. Está ligado à indústria, à agricultura, ao comércio e ao dia a dia do cidadão”.

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Campos foi convidado a participar da discussão sobre o problema em comissão da Câmara convocada especialmente para tratar das dificuldades que o País vem enfrentando nessa área.

Em reunião nesta quarta-feira (4), os representantes do partido defenderam a adoção de medidas para solucionar a crise hídrica. “Precisamos, urgentemente, pensar como estadistas, planejar a longo e médio prazo e não continuar fazendo apenas uma leitura política do problema da escassez de água”, afirmou o deputado Evandro Roman, do PSD do Paraná.

O parlamentar sugeriu o aproveitamento de água de locais estratégicos como o Amazonas. “Isso é possível, já existem estudos comprovando”. Roman lembrou que países como os Estados Unidos já se preocupam com a preservação do recurso há décadas. “Nós nunca nos preocupamos devido aos grandes rios e reservas que temos. Porém, a crise chegou e essa dificuldade bateu também à nossa porta.”

O deputado Indio da Costa (RJ), vice-líder do PSD, falou da necessidade de soluções estruturais ao invés de paliativas. “Trazer água do subsolo; reduzir os esgotos jogados nos rios, lagos ou qualquer água de superfície; reduzir os subprodutos poluentes das indústrias, incentivando a aquisição de equipamentos que diminuam seus impactos na água, são medidas que podemos adotar.”

Indio chamou atenção ainda para a necessidade de diversificar a matriz energética do país e apontou o gás como uma das alternativas.

Veja abaixo o vídeo sobre o debate na comissão da Câmara.