Integrante do núcleo feminino relembra suas experiências em ações humanitárias e a militância que exerce desde a fundação do partido

Marcia Cristina Belinelli: “Sempre tive vontade de mudar o mundo de alguma forma, de fazer a diferença”

 

O interesse pelas causas sociais e a luta contra todas as formas de discriminação estão presentes desde a infância na vida da técnica de enfermagem e militante do PSD Mulher de São Paulo, Marcia Cristina Belinelli. Filha única de uma professora universitária e um militar aposentado, ela nasceu em uma família de classe média e conta que teve a primeira experiência com os problemas dos mais pobres aos 9 anos, quando se interessou por crianças moradoras de um cortiço que havia perto da casa onde cresceu e ainda reside, no Tucuruvi, bairro da zona norte paulistana.

“Eu olhava para aquilo e não conseguia entender por que minha casa era boa e havia aqueles cortiços ali. Minha sala de estar era maior que a casa inteira daquelas pessoas. Sempre tive vontade de mudar o mundo de alguma forma, de fazer a diferença”, relembra Marcia, de 44 anos.

Um dia, após um descuido da avó, que cuidava de Marcia e deixou aberto o portão da casa, a menina resolveu brincar com as crianças do cortiço. “Aprendi muitas coisas e, em nenhum momento, me senti superior. Vi que elas eram discriminadas por serem negras e, muitas vezes, confundidas com marginais.”

A vontade de ajudar o próximo só cresceu com o passar dos anos. Já adulta, em 1994, inscreveu-se como voluntária em um programa humanitário do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e embarcou para Serra Leoa, na África. Na época, o país estava envolvido em uma guerra iniciada em 1991, em que revolucionários tentaram derrubar o governo.

 

Em 1994, inscreveu-se como voluntária em um programa humanitário e embarcou para Serra Leoa, na África.

 

O conflito durou 11 anos, resultou na morte de, no mínimo, 200 mil pessoas e no deslocamento de cerca de dois milhões de habitantes. “A gente cuidava de crianças, tentava localizar as famílias, levava cestas básicas, fazia de tudo para os desabrigados”, explica Marcia.

Após dois meses, ela fez contatos com membros da etnia igbo, um dos maiores grupos étnicos da África. Eles eram ligados ao Ipob (em português, Povo Indígena do Biafra), movimento que defende a separação entre Biafra e Nigéria (a República do Biafra foi uma pequena nação africana que existiu por apenas 31 meses, a partir de maio de 1967).

Marcia apaixonou-se por mais essa causa e, desde então, está envolvida em atividades relacionadas ao movimento negro e à ajuda de refugiados de diversos países.

Em 2011, Marcia ajudou a recolher assinaturas para o registro do partido e se destacou como militante do PSD Movimentos. “O PSD é uma família”

Partido

Funcionária pública há 16 anos, Marcia sempre admirou a atuação política do presidente licenciado do PSD, Gilberto Kassab, e não economiza elogios à gestão dele à frente da Prefeitura de São Paulo (2006-2012). Em 2011, ela ajudou a recolher assinaturas para o registro do partido e se destacou como militante do PSD Movimentos.

“O PSD é uma família. A Alda Marco Antonio (coordenadora nacional do núcleo feminino do partido) está sempre com as portas abertas. O Kassab também é muito acessível. É um partido grande, mas temos um relacionamento muito próximo, como se fosse familiar. Temos muito a crescer.”