Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo cita alguns exemplos de projetos que deram certo, como locação de bibicletas e cicloturismo.

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O interesse do paulistano pelas ciclofaixas – que só abrem nos fins de semana e feriados e chegam a atrair 100 mil pessoas por dia – tem turbinado os negócios de empresários que, apesar de militarem há algum tempo no segmento de bicicleta, somente agora observam a demanda crescer em torno de seus produtos e serviços. A informação é do Estadão PME, do site www.estadao.com.br (veja aqui).

As chamadas Ciclofaixas de Lazer foram criadas em agosto de 2009, pelo então prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, hoje presidente nacional do PSD. A primeira foi na zona Sul da cidade, ligando os parques do Povo, Ibirapuera e das Bicicletas. Depois, vieram as das zonas Norte, Oeste e Leste. No final de 2012, quando acabou a gestão Kassab, já eram mais de 120 km de faixas exclusivas para as bicicletas, mantidas ainda hoje

De acordo com a reportagem publicada pelo Estadão PME, empreendedores que atendem os usuários das ciclofaixas estão entusiasmados com os negócios que vêm realizando. É o caso de Luiz Pina, que há 15 anos mantém uma loja de bicicletas e acessórios em Moema e, desde 2009, opera sob licitação uma barraca de aluguel de equipamentos esportivos no parque Villa Lobos, na zona oeste da capital paulista. Com o início da ciclofaixa, que passa pelo parque em que trabalha nos fins de semana, seus negócios mudaram de patamar.

Além do aumento da procura por novas bikes, a locação decolou. Em um fim de semana comum, ele chega a alugar 5 mil bicicletas, o que lhe rende um faturamento mensal médio de R$ 400 mil. “A gente aluga para a pessoa andar aqui dentro do parque. Mas sabemos que o cara pega o equipamento e coloca na ciclofaixa, o que não é problema, não, muito pelo contrário”, revela Luiz Pina.

O empresário acaba de lançar um novo ponto de locação dentro do Shopping JK. “A ciclofaixa também passa por lá e já começamos bem. Colocamos umas bicicletas mais sofisticadas para se adequar ao perfil do cliente e vamos faturar”, diz.

Cicloturismo

Gustavo Sampaio tenta emplacar o modelo de cicloturismo, com pacotes de passeios dentro e fora da Grande São Paulo. Ele conta que começou no ramo sem pretensões, lançando um blog para divulgar suas pedaladas e convidar interessados em acompanhá-lo. Com o tempo, percebeu que tinha um negócio nas mãos e, com três sócios, montou no começo do ano a Pediverde.

“Temos 11 destinos e vamos abrir outros nove. Alguns são pagos, como o que vamos fazer para Bonito. Outros fazemos como degustação, é o caso do Núcleo do Engordador, na Serra da Cantareira, que é para a pessoa conhecer e começar a pedalar com a gente”, explica Sampaio. Ele pretende faturar R$ 95 mil neste ano.