O problema foi de tração e ocorreu por volta das 18h num trem que passava pela estação Brás, no sentido Barra Funda. A composição teve que ser esvaziada e foi recolhida para a área de manutenção.

Folha de S. Paulo

Dois dias depois do tumulto que a paralisou parcialmente, a linha 3-vermelha do metrô de São Paulo voltou a apresentar problemas no início da noite de ontem, prejudicando a velocidade dos trens em toda a sua extensão.

Segundo o Metrô, a falha afetou também a linha 1-azul.

O problema foi de tração e ocorreu por volta das 18h num trem que passava pela estação Brás, no sentido Barra Funda.

A composição teve que ser esvaziada e foi recolhida para a área de manutenção.

Os passageiros desceram direto na plataforma, sem precisar andar nos trilhos – diferentemente do que ocorreu na terça-feira.

A circulação voltou ao normal em cerca de 20 minutos, informou o Metrô. A empresa disse que não houve registro de tumultos.

A Folha esteve no local por volta das 19h30. A estação funcionava normalmente.

Foi o segundo problema do dia no sistema. Às 8h, houve uma falha na porta de um trem na linha 1-azul, que estava na Sé e seguia no sentido Jabaquara. Ela travou e não podia ser fechada.

O defeito demorou seis minutos para ser solucionado. Segundo o Metrô, o fato causou lentidão entre as estações Liberdade e São Bento.

Imagens de câmeras

Ontem, o Metrô entregou à polícia imagens de câmeras de segurança para tentar identificar passageiros que quebraram vagões no tumulto de terça-feira. O caso será investigado pela Delpom (Delegacia do Metropolitano). Ainda não há suspeitos.

O tumulto na linha 3-vermelha ocorreu após problemas na porta de um trem que estava na estação Sé, a mais movimentada do sistema.

Passageiros acionaram os botões de emergência e foram para os trilhos. Parte da linha ficou parada durante quase cinco horas.

Houve depredação de trens, briga de passageiros com seguranças e algumas pessoas passaram mal.

Governador

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, no dia seguinte, que suspeita que o caos tenha sido uma ação planejada.

“Eu não acredito que essas coisas sejam geração espontânea, acho que precisa ser investigado”, disse. “É muita coincidência.”

“É preciso verificar as câmeras de vídeo e qual foi a origem disso. Porque houve um problema numa porta, resolvido em menos de dez minutos e que acabou causando esse grande transtorno pra população em razão da ação inicial de um grupo de pessoas e depois de vândalos, que acabaram atacando estação, trem e destruindo o patrimônio.”

Em resposta, ao governador, o presidente do sindicato dos metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, declarou que o governo errava ao responsabilizar a população pela pane.