Reportagem mostra que nos últimos 4 anos somados a área de asfalto recapeado na cidade foi menor do que o executado somente em 2010.

Reportagem do Estado de S. Paulo desta terça-feira (27) mostra que a Prefeitura vem realizando cada vez menos serviços de tapa-buracos e recapeamento nas ruas da capital. Dados obtidos pelo jornal via Lei de Acesso à Informação mostram que o número de buracos fechados pelas prefeituras regionais vem caindo desde 2010. Atualmente são realizados em média 24 fechamentos de buracos por hora: entre janeiro e abril deste ano foram 69.431 buracos tapados, quantidade 72% menor do que foi executado no mesmo período de 2010, durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, quando foram executados 246.366 serviços.

 

O jornal destaca que a média mensal de buracos tapados pela Prefeitura melhorou um pouco no início desta gestão, em 2017, de 17.357 buracos, em comparação com o ano passado, de 16.653 reparos feitos ao mês. Mesmo assim a quantidade é muito inferior à média do primeiro quadrimestre de 2010, na gestão Kassab: mais de 61 mil buracos por mês. São mais de 2 mil buracos fechados por dia, ou 83 por hora.

A situação é ainda mais crítica no serviço de recapeamento, o mais efetivo trabalho para a conservação do pavimento. De acordo com dados apresentados pela reportagem, em 2010 foram recapeados quase 430 mil metros quadrados, ou mais do que o que foi executado durante toda a última gestão, entre 2013 e 2016, o equivalente a 385 mil metros quadrados. Na comparação com apenas um ano, em 2016 essa quantidade caiu a menos de um quinto do que foi realizado em 2010: 76,6 mil metros quadrados. Neste ano, até maio, foram somente 7,5 mil metros quadrados recapeados.

Kassab foi o que melhor cuidou do asfalto na história da cidade

 

O cenário contrasta com as ações adotadas durante a gestão do ex-prefeito Kassab. Naquele período foram tapados aproximadamente 4,3 milhões de buracos. A usina de asfalto recebeu investimentos para aumentar a capacidade de produção e qualidade da massa asfáltica e o processo de reparos foi aperfeiçoado. Assim, a recomposição do asfalto durava mais tempo, aumentando o intervalo entre um reparo e outro, gerando economia de recursos públicos.

Além disso, a gestão superou a marca de 2,3 mil quilômetros de asfalto aplicado em toda a cidade de São Paulo, com pavimentação e recapeamento de ruas e avenidas. É a maior marca já alcançada por uma gestão municipal paulistana na história, em serviços de recapeamento, pavimentação e capeamento.