Audiência pública debateu nesta terça a proposta do deputado federal do PSD paulista, que proíbe a prática. “Faremos tudo para que nenhum animal seja usado para arrecadar dinheiro”, disse

 

“Quis chamar a atenção para o assunto para que cheguemos a um denominador comum.”, afirmou o deputado Goulart

 

A polêmica sobre a exibição ou não de animais silvestres em zoológicos, aquários e parques públicos e privados de todo o país foi tema da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara nesta terça-feira (19). O colegiado realizou audiência pública, a pedido do deputado Stefano Aguiar (PSD-MG), para debater proposta (PL 6432/16) do deputado Goulart (PSD-SP), que proíbe a prática.

De acordo com a Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil, o país tinha em 2013 ao menos 110 instituições e 13 aquários. “Já existem restrições para o uso de animais em circo, mas, existem zoos que usam os animais como no circo. Em 2016, mais de 950 mil animais morreram nesses locais, não devido a velhice, mas sim por maus-tratos”, lembrou Goulart.

O parlamentar, no entanto, tem ciência de que o debate é polêmico e que o texto pode sofrer alterações. “Quis chamar a atenção para o assunto para que cheguemos a um denominador comum. É louvável que existam entidades que preservem espécies e a própria fauna, mas faremos o que estiver ao alcance para que nenhum animal seja usado para arrecadar dinheiro”, completou o deputado.

A medida de autoria do deputado Goulart concede prazo de 24 meses após aprovação do projeto para que os animais silvestres atualmente mantidos em zoológicos, parques ou aquários sejam remanejados para santuários, reintroduzidos ao meio ambiente, adotados por organização protetora de animais ou levados para centros de preservação da fauna silvestre.