“A entrega do novo pronto-socorro será feita em abril, mas ainda sim vai ser difícil dar conta da demanda porque ela só aumentou nos últimos anos.”, diz o presidente da Comissão Consultiva Mista (CCM) do Iamspe, Sylvio Micelli.

iG São Paulo

Conhecido pelo congestionamento de idosos em seus corredores, o Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) promete reduzir as filas com uma grande reforma, prevista para terminar em maio do ano que vem. Com R$ 146,7 milhões desembolsados pelo governo do Estado, a promessa é que, pelo menos, novos laboratórios, pronto-socorro e setores de especialidade, como Ortopedia, ganhem novas instalações. A medida, no entanto, não será suficiente para acabar com a superlotação do hospital.

A previsão é do presidente da Comissão Consultiva Mista (CCM) do Iamspe, Sylvio Micelli. “A entrega do novo pronto-socorro será feita em abril, mas ainda sim vai ser difícil dar conta da demanda porque ela só aumentou nos últimos anos.”

De acordo com a CCM, havia 450 mil servidores que utilizavam o hospital em 2007. Hoje, esse número está em 800 mil. “Estimo em 500 mil pessoas a demanda reprimida”, diz Micelli. De acordo com suas contas, o Iamspe vai atender 1,3 milhão de pacientes até o final da década, apesar de ainda contar com a mesma quantidade de leitos de sua inauguração, em 1961: mil vagas.

Para resolver o problema, diz ele, a alternativa é descentralizar o serviço ao assinar convênio com laboratórios e hospitais em outras cidades do Estado. “Com uma contribuição maior do governo, daria para fazer convênio com Santas Casas, por exemplo.”

Micelli explica que a descentralização começou em 2008, mas ainda é insuficiente. “Esse processo precisa se intensificar com a assinatura de convênios com unidades de saúde que fiquem perto da casa do servidor. Hoje chega paciente de todos os cantos do Estado.”