Foliões receberão materiais produzidos pela gestão do prefeito Marcão Marchi (PSD), com orientações para o combate à violência contra a mulher

 

Em Itupeva, cidade de cerca de 57 mil habitantes do interior paulista, a gestão do prefeito Marcão Marchi (PSD) inicia nesta sexta-feira (9), durante os festejos carnavalescos na Praça de Eventos da Pedreira, a campanha Não é Não, que visa combater o assédio sexual praticado contra as mulheres. Até domingo (11), os foliões receberão adesivos com orientações sobre como a vítimas devem proceder caso sejam submetidas a esse tipo de violência.

“Essa luta contra a violência à mulher é algo que estamos intensificando desde o ano passado, trabalhando isso o tempo todo. É muito importante oferecer auxílio às mulheres que tenham sido vítimas de algum tipo de violência ou assédio. Por isso, vamos realizar essa campanha no Carnaval e focar na orientação, para que a mulher saiba como agir, caso seja vítima, e também para conscientizar os homens”, explica a presidente do Fundo Social da Solidariedade e primeira-dama, Dani Marchi.

A base comunitária móvel da Guarda Civil Municipal (GCM) ficará na Praça de Eventos e prestará atendimento imediato, caso ocorra alguma queixa de assédio. “Estaremos trabalhando em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social e o Conselho Tutelar, para que o munícipe tenha uma festa de Carnaval com a maior segurança e tranquilidade”, anunciou o comandante da GCM, Dirceu Cruz.

A secretária de Desenvolvimento Social, Aline Alves, explica que, desde 2017 a Prefeitura realiza estudos para melhorar as ações e o atendimento às mulheres vítimas de violência. A campanha Não é Não chama a atenção para o assunto em um período em que as queixas costumam aumentar.

Uma pesquisa promovida em 2016 pelo Instituto Data Popular para o site Catraca Livre, com 3,5 mil jovens maiores de 16 anos, de 146 municípios, revelou que quase 50% dos entrevistados acreditam que “bloco de carnaval não é lugar para mulher direita”. Pesquisas recentes também demonstraram que os casos de assédio aumentam durante as festividades de Momo.

“Será que uma mulher não pode usar uma fantasia e apenas se divertir no Carnaval? Acredito que sim, mas, infelizmente, muitos homens acham que podem assediá-las à vontade, sem punição. É hora de mudar isso. O assédio não pode ser tolerado. Todos têm o direito de se divertir, desde que com respeito ao próximo”, frisa a secretária.

A campanha também vai abranger a prevenção contra o abuso praticado contra crianças e adolescente. Segundo Aline, esse é um tipo de violência que também aumenta durante o Carnaval.

Em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, o Conselho Tutelar estará de plantão durante o evento. Adolescentes menores de 16 anos só poderão entrar na festa acompanhados dos pais. Para os que têm entre 16 e 17 anos, é obrigatória a apresentação do RG.