Incentivada pela coordenadora nacional do núcleo feminino do partido, Alda Marco Antonio, a advogada Adriana Bernardino atua ativamente na política local e ministra palestras sobre os direitos das mulheres

Adriana Bernardino, liderança do PSD Mulher em Carapicuíba.

O interesse pela política e a defesa da igualdade entre os gêneros sempre estiveram presentes na trajetória da advogada Adriana Bernardino, liderança do PSD Mulher que atua em Carapicuíba, município da Região Metropolitana de São Paulo. Muito antes de ministrar palestras sobre empoderamento feminino ou dar entrevistas sobre o tema — como a que concedeu há cerca de duas semanas ao programa Gente que Faz a Diferença, veiculado por uma rádio local —, Adriana já era incentivada na infância a questionar os preconceitos.

“Minha mãe, Verlenina, é professora de História e estava muito à frente do tempo dela. Eu tinha essa mulher forte em casa como exemplo e era difícil não se espelhar”, relembra a advogada, que também preside a Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil (Libra) em sua cidade.

Os primeiros passos foram dados no movimento estudantil. Em 1986, quando estudava em uma escola particular de Osasco, participou de uma greve em que cerca de dez mil estudantes protestaram contra o aumento das mensalidades. Desde então, não parou mais: coordenou campanhas políticas e, entre 2009 e 2016, exerceu diversos cargos públicos, entre eles o de secretária adjunta de Saúde e secretária de Cultura e Turismo da Prefeitura de Carapicuiba.

Em 2013, durante evento organizado pelo PSD local — presidido pelo ex-vice-prefeito Salim Reis —, Adriana conheceu aquela que considera sua madrinha política: a coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio. “A palavra que resume o que penso sobre a Alda é gratidão. Ela viu em mim algo que talvez nem eu enxergasse. É muito difícil ser mulher na política, precisamos o tempo inteiro provar que temos a mesma capacidade que os homens. Sonho com o dia em que isso não aconteça mais”, afirma a advogada.

Alda teve papel fundamental na candidatura de Adriana a deputada estadual, em 2014, como incentivadora e conselheira. Na época, ela obteve, aproximadamente, 1.400 votos, grande parte deles conquistados junto ao eleitorado de Carapicuíba. A votação, mesmo não sendo expressiva em comparação a de outros candidatos, indicava a força da liderança do PSD Mulher na cidade.

Mudança – Mãe de Jéssica, de 26 anos, e Jacqueline, de 22, a advogada é avó de Leonardo, de um ano, e diz que o combate aos preconceitos inclui uma mudança de postura na criação dos filhos. “Não podemos nos esquecer de que nós ajudamos a incutir muitos desses conceitos machistas como “homem não chora” ou “homem não lava a louça”, que precisam ser quebrados. Sou a favor de que homens e mulheres possam caminhar juntos”, define.