A Virada Cultural completa dez anos na edição que começa às 18 horas deste sábado (17). O evento, que reúne milhões de pessoas a cada ano, é um legado da gestão Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo. A Virada obteve tamanho êxito que serviu de modelo à Virada Paulista, do governo do Estado de São Paulo, e ao Viradão Carioca, do governo fluminense. Também se desdobrou na criação da Virada Esportiva.
A Virada é o maior evento cultural do Brasil realizado em um período de 24 horas e reúne centenas de atrações culturais em diversos pontos da cidade. O projeto, que nasceu em 2005, inspirado na Nuit Blanche francesa, consolidou-se nos anos seguintes, quando recebeu mais investimentos, ampliou a programação e a variedade de atrações e caiu no gosto das pessoas. Foi adotado pela cidade e passou a atrair, a cada ano, mais gente.
Concentrando a maior parte de suas cerca de mil atrações na região central, uma das propostas era permitir que a população voltasse a frequentar o Centro da cidade, área rica em serviços públicos, meios de transporte e objeto de investimentos públicos e programas urbanísticos.
Ao mesmo tempo, em parceria com o SESC e também com atividades nos CEUs e equipamentos culturais do Governo do Estado, já levava grande programação cultural de qualidade a diversos pontos periféricos.
Envolvendo um enorme contingente de profissionais na organização, com equipes de produção da Secretaria Municipal de Cultura, da São Paulo Turismo, equipes de limpeza, fiscalização e segurança, com participação da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana, a Virada Cultural evoluiu ao longo dos anos, misturando os mais diversos gêneros musicais, experimentando diferentes tipos de palcos e ocupando diversos pontos do Centro.
A Virada promoveu inovações a cada edição. Além de novos gêneros musicais, virou palco importante para grupos de dança, apresentações de ópera, peças teatrais stand up comedy – com nomes consagrados e da nova geração do humor brasileiro – e gastronomia, com chefs de renomados restaurantes oferecendo pratos a preços populares. Houve palcos dedicados a homenagens, com shows durante 24 horas dedicados ao repertório de Beatles e Raul Seixas, por exemplo. Além de diversas intervenções culturais e mostras de cinema.
Desde a sua primeira edição, com abertura do Coral Paulistano e encerramento de Adriana Calcanhotto, passaram pela Virada nomes como Banda Mantiqueira e João Bosco, Luiz Melodia, Z’África Brasil, Thaíde, Zimbo Trio, Alceu Valença, Zélia Duncan, Gal Costa, Jorge BenJor, Paulo Vanzolini, a cabo-verdiana Cesaria Evora, a bailarina Ana Botafogo, Naná Vasconcelos com Egberto Gismonti, Nelson Ned, Miele, Simoninha, reunião dos Novos Baianos, Jon Lord, ex-integrante do Deep Purple, com a Orquestra Experimental de Repertório, Toquinho, Sidney Magal, Jerry Adriani, Wanderléa, Big Brother and the Holding Co., Velhas Virgens, Arnaldo Antunes, Titãs, CPM22, Pitty, Rita Lee, Edgar Winter e Larry McCray, Dominguinhos, Falamansa, entre tantos outros.