Depois de fechar todas as 485 unidades do Telecentro, a Prefeitura reabriu 85. O Jornal Agora visitou 20 dessas unidades que voltaram a funcionar e constatou que em todas a velocidade estava abaixo do exigido, variando de 6,42 a 0,18. A velocidade contratada é de 30 Mbps.

Depois de fechar todos os Telecentros da cidade, a Prefeitura de São Paulo não consegue agora fazer a internet funcionar direito nas poucas unidades reabertas. O Jornal Agora visitou 20 das 85 unidades que voltaram a funcionar e constatou que em todas a velocidade estava abaixo do exigido. O contrato prevê velocidade de 30 Mbps (megabytes por segundo), mas a reportagem encontrou taxas que variaram de 6,42 a 0,18. Os usuários reclamam da dificuldade de ver vídeos ou ouvir música, atividades que demandam conexões mais rápidas, mas também de ações simples, como editar e enviar documentos de texto.

A rede de Telecentros recebeu investimentos durante a gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura. Durante aquele período foram entregues mais de 300 novas unidades, que beneficiaram mais de dois milhões de usuários, especialmente em regiões mais carentes da capital. Nos Telecentros, além de acesso à Internet, eram oferecidos cursos diversos e oficinas profissionalizantes, todos com certificados.

Em abril, a atual gestão fechou as últimas 260 unidades do programa. Todas as 458 unidades tiveram suas atividades suspensas pela administração, e de lá para cá apenas 85 voltaram a funcionar.