A média de execução de serviços de pavimentação e recapeamento em São Paulo caiu drasticamente desde 2013. A constatação é do jornal Agora SP, que aponta que a média mensal de asfalto novo na capital foi reduzida para um quarto do que era executado em 2011 e 2012, os dois últimos anos da gestão de Gilberto Kassab. O texto aponta que atualmente a Prefeitura fez, em média, 5,6 km de asfalto por mês (entre janeiro de 2013 e setembro deste ano), contra 23,5 km, em média, nos dois últimos anos de Kassab na Prefeitura.
A gestão Kassab fez, ao longo de oito anos, mais de 2 mil quilômetros de extensão de asfalto novo na cidade. Foi o maior programa de serviços de recapeamento, pavimentação e capeamento de vias já realizado na cidade. Para se ter uma ideia da dimensão do projeto, entre 1989 e 2004, ao longo de quatro gestões, a cidade recebeu somente 316 quilômetros de asfalto novo. Sob o comando de Kassab, a Prefeitura recapeou seis vezes mais do que nos 15 anos anteriores. Agora, de janeiro de 2013 até setembro de 2014, foram executados apenas 117,4 quilômetros.
Na gestão Kassab todas as subprefeituras receberam serviços de renovação de asfalto. No total, mais de 3.550 vias foram atendidas, sendo 1.784 com recapeamento, 206 com capeamento e 1.560 de pavimentação. De acordo com o engenheiro especialista em trânsito Humberto Pullin, o cuidado com o asfalto é fundamental. “Manter o pavimento em condição adequada é importante para a segurança das pessoas e para a conservação mecânica dos veículos”. Já Horácio Augusto Figueira, também engenheiro especialista em trânsito, reforça a importância do pavimento regular, boa sinalização e comportamento dos motoristas para a maior segurança de todos.
Outra inovação da gestão Kassab foi o uso do asfalto ecológico, que é feito com a reutilização do entulho gerado pela construção civil como base para a pavimentação de ruas e avenidas da cidade. Além de ser uma iniciativa ambientalmente correta, a medida gerava uma economia financeira de aproximadamente 30%. O material gerado com a fresagem do asfalto (etapa anterior ao recapeamento) também era reutilizado pela Superintendência das Usinas de Asfalto (SPUA).
As 64 mil toneladas de entulho dos edifícios Mercúrio e São Vito, demolidos na região central da cidade, foram processadas para serem utilizadas em serviços de pavimentação e recapeamento, o que permitiu que 44 mil m³ de pedra britada (utilizada como base para a pavimentação) deixaram de ser extraídas da natureza.