A crise econômica está atingindo em cheio os municípios, que estão vendo suas receitas diminuírem e precisam de todas as maneiras reduzir gastos. Foi o caso de Maracaí, no interior de São Paulo, onde o prefeito Eduardo Correa Sotana, o Tatu, do PSD, decidiu cortar o próprio salário para enxugar as contas.
Mesmo após adotar diversas medidas para reduzir o custeio da máquina administrativa – tais como água, energia elétrica, horas-extras e eliminação de cerca de 50% dos cargos comissionados do quadro de pessoal -, a situação se agravou. “No último dia 10 de setembro o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que já vinha em queda livre, caiu mais 38%”, afirmou o prefeito.
Além de reduzir seus vencimentos em 20%, Sotana enviou para a Câmara Municipal um projeto que suspende o vale-alimentação de todos os cargos em comissão, até mesmo dos estagiários.
No entanto, o prefeito admite que pode não ser suficiente. “Não descartaremos novas medidas se a crise se agravar”, afirmou. Uma das propostas seria fechar o expediente da Prefeitura por alguns dias específicos para contenção de custos.
“Todas estas medidas são justamente para que os serviços essenciais não parem nunca. Nossa saúde e educação estarão sempre como nossas prioridades”, acrescentou Sotana. “Governar não é gerir só em tempos de bonança.”
Sotana não é o único prefeito do PSD que decidiu cortar o próprio salário para aliviar as finanças do município. Em julho, o prefeito do município paranaense de Pinhão, Dirceu de Oliveira, cortou, por decreto, o próprio salário – e também os do vice-prefeito e dez secretários municipais – para adequar as contas à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O prefeito e o vice tiveram redução de 20%. Os secretários, 15%. Veja matéria completa aqui.
E o início de setembro foi a vez do prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, que reduziu o seu salário em 30% e em 10% a remuneração dos secretários municipais, além de implementar outras medidas de austeridade. Leia aqui.