Prefeitos de oito cidades do oeste da Região Metropolitana de São Paulo tiveram a oportunidade, na manhã desta quinta-feira (12), de apresentar seus problemas e reivindicações diretamente ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Cada um dos prefeitos do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste (Cioeste), acompanhados de seus assessores, teve sua reunião com o ministro e os secretários do ministério, além de uma equipe de Caixa Econômica Federal, responsável pelos financiamentos concedidos às prefeituras.
As reuniões aconteceram na Prefeitura de Osasco, onde o ministro e sua equipe foram recebidos pelo prefeito Jorge Lapas, presidente do Consórcio. Além de Lapas, tiveram audiência com o ministro os prefeitos Jaci Tadeu da Silva (Itapevi),Gregório Maglio (Pirapora de Bom Jesus), Gil Arantes (Barueri), Elvis Leonardo Cezar (Santana de Parnaíba), Geraldo Teotônio (Jandira), Sérgio Ribeiro (Carapicuíba) e Antônio Carlos (Cotia). As oitos cidades que integram o Cioeste representam 2,2% do PIB brasileiro e uma população de aproximadamente 2 milhões de habitantes.
Durante o encontro, os prefeitos fizeram relatos sobre o andamento das obras financiadas com recursos federais em seus municípios, apresentaram dúvidas e novos projetos a serem desenvolvidos pelas Prefeituras em parceria com o Ministério das Cidades. Os questionamentos e dúvidas apresentados foram esclarecidos diretamente pelos secretários das áreas de Habitação, Saneamento, Mobilidade e Infraestrutura do Ministério.
A disposição do ministro Kassab para levar toda sua equipe ao encontro dos prefeitos, em suas próprias regiões, foi bastante elogiada, por exemplo, por Geraldo Teotônio e Jorge Lapas. Para o ministro, essa interlocução é essencial para o Ministério das Cidades. “Estamos presentes não somente aqui, mas em todo o Brasil, visitando as cidades, fazendo reuniões regionais com prefeitos e recebendo-os em Brasília”, disse.
Nas conversas com os representantes dos municípios, Kassab enfatizou a importância de as Prefeituras continuarem elaborando bons projetos de investimentos, mesmo diante da escassez de recursos. “No mínimo, esse é um legado para as futuras gestões e para as populações, mas acredito que todos os bons projetos sairão do papel”, afirmou.
Segundo disse, embora o Brasil viva hoje um momento difícil, “somos um país rico que já superou situações até piores e vai superar também as dificuldades atuais”. Para ele, “quando isso acontecer, cidades que tenham projetos de qualidade prontos vão sair na frente”.
Em sua opinião, o importante é que os municípios estejam habilitados a receber recursos quando eles surgirem. “E vão surgir, acredito que já em 2016 teremos boas notícias sobre a retomada do crescimento e com isso o País terá condições de investir mais, como vinha fazendo até dois anos atrás”, concluiu.
Investimentos – Desde 2003, o Governo Federal mantém, por meio do Ministério das Cidades, carteira de investimentos de R$ 3,3 bilhões nas áreas de habitação, saneamento ambiental, mobilidade urbana e infraestrutura somente em Barueri. Em Carapicuíba, o total de investimentos é de R$ 3,6 bilhões. Já em Cotia, o montante é de R$ 3,4 bilhões. Na cidade de Itapevi, os recursos investidos ultrapassam R$ 3 bilhões. Em Jandira, o total de investimentos é de R$ 3 bilhões. Já em Osasco, R$ 1,9 bilhão. Na cidade de Santana de Parnaíba, os recursos investidos ultrapassam R$ 2,7 bilhões. No Estado de São Paulo, o total é de R$ 121,1 bilhões. No Brasil, o montante é de R$ 566,4 bilhões.
Hanseníase – Após o encontro com os prefeitos, Kassab, acompanhado pelo presidente do PSD de Osasco, Lau Alencar, conversou com Teresa Oliveira, coordenadora em Barueri do MORHAN (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase), que solicitou ao ministro que encaminhe à presidente Dilma Rousseff documento com as reivindicações do grupo, que luta pela reparação dos sofrimentos causados aos doentes e suas famílias pela política de isolamento compulsório vigente no País entre as décadas de 1920 e 1980.