Para o pré-candidato do PSD, a Prefeitura deve considerar a possibilidade de zerar os tributos e obrigações impostas aos taxistas, facilitando a competição com o Uber.

O pré-candidato do PSD à Prefeitura de São Paulo, Andrea Matarazzo, participou nesta segunda-feira (18) de uma sabatina realizada pela Folha de S. Paulo, pelo SBT e pelo portal UOL. Na entrevista, ele afirmou que a Prefeitura de São Paulo deve considerar a possibilidade de zerar os tributos e obrigações impostas aos taxistas, facilitando a competição com o Uber. “Por que não tirar as taxas dos táxis e deixar os dois sem taxas, eventualmente?”, disse.

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O pré-candidato disse que “o Uber é tecnologia e está aí para ficar”. “É importante não destruir as coisas que estão funcionando bem”, afirmou ele, argumentando que o serviço conta com o apoio da população. Por outro lado, Matarazzo defendeu a qualidade do serviço de táxi na capital paulista e disse que pretende “modernizar a legislação” e “regulamentar o Uber” para que haja “equivalência de competição”. “Quem ganha é a sociedade, que tem a opção de escolhas.”

“Você não pode querer que haja competição com alguém que chega aqui livremente, e os outros que estão aqui estão amarrados a uma legislação de 1969. Por exemplo, até dois anos atrás, os táxis eram proibidos de utilizar GPS. A lei dizia que era obrigado ter um livro, um guia de ruas encadernado em couro”, disse.

O pré-candidato do PSD também defendeu que a prefeitura tenha uma pauta prioritária para os problemas da periferia, principalmente em relação a demandas básicas, como “pavimentação de ruas”, “saneamento” e “travessias de córregos”. Para Matarazzo, “são coisas baratas que mudam a vida das pessoas”.

Matarazzo disse ainda que a periferia tem “problemas gravíssimos” também em relação a opções de lazer e de mobilidade urbana. Ele afirmou que, se for eleito, pretende criar parques em bairros pobres e que, por conta do grande número de veículos, o trânsito é “pior na periferia do que no centro”.