Ao assumir a Prefeitura de Avaí, no interior de São Paulo, André do Neto (PSD) encontrou apenas dívidas e problemas, mas garante: com dedicação e otimismo, vai mostrar que está ao lado dos eleitores

Só mesmo com muito trabalho para reverter essa situação, avalia o prefeito André Neto.

 

Problemas estruturais, saúde e educação necessitando de melhorias urgentes e uma dívida altíssima. Esse é o cenário encontrado pelo prefeito André Luis da Silveira Antonio em Avaí, município com pouco mais de 5 mil habitantes do interior paulista.

Eleito pelo PSD nas eleições do ano passado, mais conhecido como André do Neto, o prefeito avaiense foi servidor público por 31 anos e nunca teve nenhum cargo eletivo antes de chefiar o Executivo da cidade. Ao assumir a gestão, ele conta, se surpreendeu com o tamanho da dívida municipal. A prefeitura deve mais de R$ 7 milhões, sendo que sua arrecadação anual média é de R$ 1,2 milhão. “Quase metade desse valor é referente a dívidas com fornecedores. O nome da Prefeitura está no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais – Cadin Estadual, e, assim, Avaí não consegue repasse e nem firmar novos contratos”, explica.

Diante desse quadro, o primeiro passo dado pelo gestor na busca de soluções foi concentrar-se na contenção de gastos. “Estamos reduzindo várias despesas inadmissíveis que a gente encontrou por aqui. Pretendo reduzir o expediente em alguns setores de 8 para 6 horas diárias e estou tentando principalmente sanar a parte salarial, já que pegamos o salário de dezembro e décimo terceiro em atraso. Assumimos uma prefeitura totalmente quebrada. Acho que é só com juízo, prudência e cabeça no lugar para a gente conseguir aos poucos ir botando a casa em ordem”, declara.

A receita do município é basicamente gerada pelo ICMS e pelo FPM

 

A receita do município é basicamente gerada pelo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e pelo FPM (Fundo e Participação dos Municípios), e a situação do emprego é deficitária, já que a maioria dos moradores é contratada da Prefeitura. “Estamos estourando os 54% da folha de pagamentos destinados ao pagamento de funcionários públicos. Esse número já chegou a 60%, mas demos uma enxugadinha na folha com a reavaliação de funções gratificadas”, relata André.

Só mesmo com muito trabalho para reverter essa situação, avalia o prefeito. E o ele já mostrou que, de sua parte, empenho não faltará. Nos mutirões de limpeza que tem sido realizados pela cidade, arregaça as mangas e se junta à equipe de limpeza. “Participo não para fazer marketing, mas porque deu vontade de ajudar. Toda terça-feira a gente chama uns 20 servidores e parte para o mutirão da limpeza em bairros e pontos estratégicos. Por mais que nos esforcemos para manter a cidade limpa, essa ação só vai ser mais efetiva quando conseguirmos recursos para tapar os buracos das ruas e das calçadas, porque é muito buraco e muita destruição”.

O prefeito e sua equipe têm buscado recursos na esfera estadual e federal para efetuar melhorias na saúde e na educação, que carecem de melhorias estruturais, e na habitação, que tem uma demanda de aproximadamente 200 residências. “Vai levar um ano e meio para pôr a casa em ordem, mas não tenho dúvida nenhuma que a gente vai conseguir. Tenho que trabalhar com otimismo e dedicação é que não vai faltar. Estamos tomando várias medidas para, dentro das nossas limitações, trazer melhorias e mostrar para a população a gente está junto a ela”, conclui.