Pela primeira vez desde 2013, a Prefeitura de São Paulo termina o semestre letivo com menos crianças matriculadas em creches municipais do que havia no semestre anterior. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo, com base em dados da Secretaria Municipal de Educação. O portal de dados da Secretaria apontava que havia 333.832 crianças matriculadas em creches ao final do último semestre, 90 vagas a menos do que ao final de 2018.
É a primeira vez que se verifica essa redução inaceitável desde 2013. Nas últimas décadas, a única gestão que sempre apresentou crescimento foi a do ex-prefeito Gilberto Kassab. Os dados apresentados pela publicação mostram ainda o forte crescimento das matrículas realizado durante a gestão Kassab, que promoveu o maior aumento de investimentos na área o obteve o maior crescimento proporcional no número de crianças matriculadas na rede municipal na história da Capital, de 250%. Foi também o ex-prefeito o primeiro a dar transparência aos números de fila de espera e de matrículas em creche, de forma pioneira, em 2007.
O orçamento destinado à construção de creches foi prioridade total nos sete anos da gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura, entre 2006 e 2012. No último ano da gestão, comandada na Educação por Alexandre Schneider, chegou a R$ 1 bilhão, avanço significativo em relação ao valor de 2004, de apenas R$ 125 milhões. Para atender à gigantesca demanda reprimida por vagas, o orçamento para esta rubrica cresceu 8 vezes ao longo do seu governo.
A construção de novas creches e a formalização de convênios fez com que o número de vagas saltasse de 60 mil, em 2004, para 210 mil em 2012, último ano de gestão. As creches, que eram 870, foram para 1.520 no mesmo período. Além de aumentar o número de vagas e de creches na cidade, a gestão Kassab/Schneider mais que dobrou o salário dos professores, que foi de R$ 1.215 para R$ 2.600. Também investiu no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, com a construção de 345 novas escolas e 25 novos CEUs, o que permitiu acabar de vez com as escolas de lata.