Pré-candidata do PSD à Câmara Federal diz que Lei Maria da Penha não é forte o suficiente

 

Cláudia Grande: lei Maria da Penha não é “forte” o suficiente. “Precisamos endurecer a punição a agressores”

 

Redação Scriptum

 

A empresária Cláudia Grande, de 66 anos, coordena projeto com mulheres de todo o Estado de São Paulo e também outras regiões do país, e pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados para levar adiante projetos que enfatizem o combate à violência à mulher, além de trabalhar em propostas que tragam mais rigor na punição de agressores. Cláudia pontua que desenvolve o projeto há sete anos e foi convidada pelo PSD para tomar parte na disputa este ano.

“As mulheres precisam de leis que funcionem. A legislação existe, mas é fraca. Precisamos de um mandato com intensa preocupação com a violência e muitas vezes vemos mulheres morrendo como ‘moscas’, sem amparo, isso precisa de toda atenção”, diz ela, lembrando ter sido vítima de violência doméstica no passado.

Para a empresária, a lei Maria da Penha (lei 11.340/06) é importante, mas não é “forte” o suficiente. “Precisamos endurecer a punição a agressores”, diz. “Não acho correto, por exemplo, permitir que homens que praticam a violência respondam a processo em liberdade; muitas vezes, depois acabam até ‘se vingando’ de denúncias”.

Entre as propostas que pretende desenvolver, a pré-candidata defende a necessidade de existência de estrutura para atendimento a mulheres vítimas de violência em todas as unidades da polícia, não apenas em delegacias da mulher. Na visão de Cláudia, dado que este é um problema muito presente, a mulher precisa ter atendimento especializado em qualquer unidade policial e a concentração de serviços e o custo envolvido na criação de delegacias de mulheres também não faz sentido.

O projeto que coordena tem forte amparo nas redes sociais: Cláudia tem cerca de 1 milhão de seguidores e esta presença nas redes também deverá impactar a condução de sua campanha eleitoral, quando for iniciada.

Além disso, destaca a sua atuação dirigida a idosos. Ela preside voluntariamente, há vinte anos, uma entidade de acolhimento que atende a 400 pessoas em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo. Por isso que pretende atuar para este segmento da sociedade, sobretudo a mulher idosa. Ela afirma que sua experiência com esses segmentos serviriam de base para a construção de políticas públicas e projetos de lei.

Mãe e avó (quatro filhos e seis netos), Claudia Grande nasceu no Mato Grosso, mas construiu sua trajetória na cidade de São Paulo, para onde foi aos seis anos de idade.