
O vice-governador Felicio Ramuth disse que ouviu especialistas de diferentes correntes ideológicas e analisou experiências internacionais nessa área.
Edição Scriptum com site da Revista Oeste
Em entrevista concedida nesta segunda-feira (23) ao programa Oeste com Elas, exibido no canal do YouTube da revista Oeste, o vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), fez um balanço das ações realizadas pelo governo estadual para o combate ao uso de drogas na capital paulista, principalmente na área das “cenas abertas de uso”, no centro da cidade. “A gente evita o termo ‘Cracolândia’ porque ele remete a um parque de diversões e as pessoas não estavam ali para se divertir. Na verdade, elas estavam em uma situação de vulnerabilidade e precisavam da presença do poder público, algo que não acontecia há muitos anos”, explicou o vice-governador.
Para que o governo estadual enfrentasse da melhor forma possível os problemas decorrentes do consumo de entorpecentes no local, Felicio disse que ouviu especialistas de diferentes correntes ideológicas e analisou experiências internacionais nessa área. “Tínhamos muita gente boa fazendo boas ações, mas de forma descoordenada. Era como se estivessem todos no mesmo barco, cada um remando em direções diferentes, ou seja, gastando recursos e energia, mas com poucos resultados”, afirmou o vice-governador.
Segundo Felicio, a ação que desmobilizou os usuários de drogas na rua dos Protestantes, realizada no mês de maio, foi bem-sucedida porque teve como diferencial a integração entre diversos órgãos dos governos municipal e estadual, além de igrejas, organizações não governamentais e associações. “Fomos juntar todos, ver o que cada um poderia fazer de melhor, para que tivéssemos essa coordenação dos trabalhos”, explicou Felicio. Apesar dos avanços, ele ponderou que ainda não é possível decretar o fim das “cenas abertas de uso” e que o trabalho do Estado vai continuar no local.
Hub de Cuidados
De acordo com Felicio, em 2022, quando o governador Tarcísio de Freitas foi eleito, havia 200 pessoas internadas para o tratamento de dependência química na cidade de São Paulo. Desde 2023, já foram registradas 25 mil internações voluntárias no Hub de Cuidados em Crack e outras Drogas, serviço implantado na atual gestão estadual. Além disso, foram inauguradas 40 casas terapêuticas na capital paulista.