Em artigo, ex-deputado federal pelo PSD de São Paulo aponta que não basta a recuperação econômica, é vital que as pessoas estejam preparadas para as exigências do mercado de trabalho.

Junji Abe, ex-prefeito de Mogi das Cruzes e ex-deputado federal pelo PSD-SP

 

Não basta a recuperação econômica do País. É vital que as pessoas estejam preparadas para as exigências do mercado de trabalho. Quando assumi a Prefeitura de Mogi das Cruzes, em 2001, o CIP (Centro de Iniciação Profissional) oferecia parcas 280 vagas em apenas dois cursos, em endereço único. Encerramos a gestão, em 2008, atendendo 18 mil pessoas por ano em mais de 80 cursos gratuitos, em três pontos fixos, e dezenas de outros descentralizados.

Vale destacar, também, a importância de unidades como o Senai mogiano e a agência regional do Sebrae-SP, além de programas do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) que implantei quando presidi o Sindicato Rural local.

Falo um pouco da chegada da agência do Sebrae-SP ao solo mogiano. Em 1996, como deputado estadual, recebi apoio do saudoso Mário Covas a fim de que a unidade viesse para a cidade. Até então, o atendimento concentrava-se em São José dos Campos. A mudança impulsionou extensa gama de cursos e programas de profissionalização dos agentes do mercado informal que se transformaram em microempresários mogianos.

Já em meu tempo como prefeito, a administração municipal também criou um Posto de Emprego e Qualificação para agilizar oferta e colocação de mão-de-obra. A Cidade já tinha uma ETEC. Ganhou uma FATEC, uma Intec (Incubadora Tecnológica) e uma unidade do Banco do Povo para garantir crédito aos microempreendedores.

O atual prefeito, Marco Bertaiolli (PSD), deu continuidade aos avanços, ampliando investimentos em cursos de qualificação profissional, por meio do Crescer, que atende em quatro endereços.

Garanto que muitos jovens começaram a trabalhar depois de frequentar cursos como informática. Gente já empregada consegue promoção ao concluir aprendizagem ligada às áreas em que atua. Há inúmeras pessoas que aprenderam ofício e se tornaram microempreendedoras, inclusive trabalhando em casa. Os cursos também são oportunidade gratuita de aprender mais. Quanto às vagas de emprego, o caos econômico não durará para sempre. É preciso estar preparado para quando as empresas voltarem a contratar, mantendo o foco na qualificação.