Para o presidente nacional do PSD, “não é crível que os principais países estejam errados (ao imporem medidas restritivas à circulação), enquanto só o Brasil estaria certo”

 

 

Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD

 

Como tenho afirmado em algumas entrevistas e conversas recentemente, é absolutamente delicado o momento do país, e temos uma crise na saúde que precisa ser tratada com toda a seriedade pela sociedade, Governo Federal, estados e municípios.

Não podemos desvincular a questão do coronavírus de uma crise econômica de dimensões ainda sendo aferidas.

Como a pandemia é algo inédito e de enorme alcance, este momento é de apoio a medidas de isolamento, que são uma realidade em todo o mundo.

Não é crível que os principais países estejam errados (ao imporem medidas restritivas à circulação), enquanto só o Brasil estaria certo, efetivando medidas na contramão.

Sem proteção à vida dos brasileiros, simplesmente não há economia. E paulatinamente, sempre com respeito à ciência e aos dados concretos desta pandemia, acredito que o país deverá, no momento adequado, programar a volta à normalidade das suas atividades.

Em relação à atividade econômica, destaco que o PSD – com bom senso, independência e responsabilidade para o momento delicado do Brasil – está presente no Congresso para apoiar as boas pautas, aquelas que protejam nossa economia e estimulem a livre iniciativa, e o empreendedorismo, que são o que move o país.

No entanto, penso que agora não há espaço para dogmas, e para a obstrução de raciocínios que possam apontar caminhos.

Nesse aspecto, cabe uma reflexão madura sobre o futuro do auxílio emergencial de R$ 600, ao qual oferecemos apoio. Passada a pandemia, conviveremos com uma crise econômica de diferentes dimensões e a necessidade de proteção aos brasileiros afetados pelos seus desdobramentos.

Por fim, em uma síntese do que penso: uma crise desse alcance demanda diálogo exaustivo e criatividade. Estamos atuantes e à disposição.