Junji Abe, ex-prefeito de Mogi das Cruzes e ex-deputado federal pelo PSD-SP
Sempre fui cercado por grandes mulheres. Delas, aprendi um pouco todo dia. Ainda no colo da minha avó Makie e da minha mãe Fumica, conheci outra mulher magnífica, a terra. Das sementes dadas a ela, nasciam generosos repolhos e outras hortaliças, assim como folhas de chá, que nos garantiam o sustento na roça.
Aprendi com mulheres guerreiras o doce sabor da abnegação, a energia vital proporcionada pelo trabalho, a esperança terna dos sonhos e a força incomensurável da fé. Tinha menos de 5 anos – e era menor que a enxada –, quando ia com minha mãe e irmãos arar a terra. Era uma tarefa árdua, porém, recompensadora.
Devo admitir que, sob influência das grandes mulheres da minha infância, me tornei um ser humano mais sensível e essencialmente grato. A Deus, à vida, ao mundo. A jornada de aprendizado ainda colocaria em meu caminho divindades femininas que muito me ensinariam a encarar com mais tenacidade e doçura as dificuldades que se apresentariam.
Sou um eterno devedor de grandes mulheres. Falo de gente guerreira que jamais vi fugir da raia e, apesar da aparente fragilidade, sempre soube fazer emergir uma força sobrenatural capaz de superar os maiores obstáculos. Falo de gente como a minha Elza, esposa devotada e mãe irrepreensível. Sem ela, com certeza, não seria um milésimo do homem que sou.
Convivo com exemplares femininos que, por si, justificam a existência de um dia em homenagem à mulher. Penso que todos os dias deveriam ser especiais para elas. São guerreiras inatas, cada qual com suas habilidades, encantos e peculiaridades. Falo também das minhas filhas, Daniela e Mariana; da minha nora Renata; das minhas netas Isabelle e Sophia, de todas as figuras femininas do planeta.
Longe de estereótipos e padrões ocidentais de beleza, o fundamental é o que cada mulher carrega na alma. E como seres altruístas, elas dispõem-se a compartilhar estas dádivas com os exemplares do sexo masculino. Mesmo que, muitas vezes, eles não mereçam.
Como um homem inspirado por grandes mulheres e arrebatado pela beleza da alma feminina, rezo a Deus para que proteja e ampare todas no planeta. Rogo aos homens que se esforcem um pouco mais para serem dignos da presença delas. E que aprendam com elas o indescritível significado de gerar vida.
8 de Março, é uma data para refletir sobre a importância da mulher. E de externar os sentimentos que elas nos inspiram. Sem receio de parecer ridículo. Mostremos que aprendemos com as infindáveis demonstrações delas. Não precisa se endividar para comprar presente. Faça um manifesto que é grátis. Dê um forte e caloroso abraço. Afinal, como já dizia a Banda Jota Quest, “o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”.
Parabéns, grandes mulheres!