Ex-prefeito do município da região do Alto Tietê, deputado federal pelo PSD diz que é preciso atrair novas empresas para aumentar a arrecadação da cidade e melhorar os serviços públicos

O deputado Marco Bertaiolli                 Foto: Agência Senado

 

Redação Scriptum com O Diário

 

Atender às demandas da população e promover um desenvolvimento econômico compatível com o crescimento populacional de Mogi das Cruzes, município da região do Alto Tietê, na Grande São Paulo. Esses são os principais desafios da cidade, segundo o deputado federal e ex-prefeito Marco Bertaiolli (PSD). Para aumentar a arrecadação municipal, ele defende a revisão da tabela de impostos pagos pelas empresas e uma política para a implantação de novos empreendimentos. “As últimas áreas que tivemos foram os condomínios industriais de César de Souza, ainda na minha administração como secretário de Indústria e Comércio, e o Taboão, para onde atraímos várias indústrias durante minha gestão na prefeitura. De lá para cá, nenhuma nova empresa se instalou na cidade”, disse Bertaiolli, que governou Mogi entre 2009 e 2016.

O parlamentar deu as declarações para reportagem publicada no sábado (21) pelo jornal O Diário. A repórter Carla Olivo entrevistou o atual prefeito e ex-prefeitos de Mogi, que debateram o crescimento populacional de 21,61% registrado no município nos últimos 12 anos. A informação consta na prévia do Censo 2022, divulgada no mês passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Mogi chegou ao limite do seu crescimento populacional. Daqui para a frente, a cidade não está mais crescendo, mas inchando, em um ritmo desorganizado e desequilibrado com o crescimento econômico”, alertou Bertaiolli.

Atualmente, Mogi tem cerca de 471 mil habitantes, mas o deputado e ex-prefeito acredita que esse número pode chegar a 500 mil no resultado final do levantamento feito pelo instituto. “Muitos municípios estão reclamando porque a população diminuiu. Pelos números do IBGE, cerca de 80% deles tiveram redução na população, e isso afeta diretamente a arrecadação porque a distribuição do fundo de participação dos municípios é feita levando em conta a população de cada cidade. Mas no Alto Tietê acontece o contrário. Tivemos crescimento praticamente em todas as cidades, o que confirma a aglomeração nos grandes centros urbanos. Em Mogi, tivemos um crescimento significativo da população e, certamente, estamos com 500 mil habitantes”, frisou Bertaiolli.

O ex-prefeito apontou, ainda, que há crescente aumento na demanda por serviços públicos de qualidade, mas os impostos que o município recebe por meio da atividade econômica não acompanham essa evolução. “Mogi tem pela frente um desafio gigantesco e, se não houver um equilíbrio entre esse crescimento populacional e o econômico, teremos muitas dificuldades na qualidade de vida da população daqui em diante.”