Caso verifique a diminuição do número de linhas oferecidas ou excesso de passageiros, gestão do prefeito Danilo Joan (PSD) vai multar empresa responsável pelo serviço na cidade

O prefeito Danilo Joan: “Em uma pandemia, não dá para ver um ônibus cheio. É uma falta de respeito com o cidadão”

 

A gestão do prefeito de Cajamar, Danilo Joan (PSD), vai multar a empresa Urubupungá, responsável pelo transporte coletivo no município da Grande São Paulo, se a equipe de fiscalização da Prefeitura identificar a redução da frota de ônibus em operação na cidade, com população estimada em 77 mil habitantes. A iniciativa, que tem como objetivo evitar aglomerações e a disseminação da covid-19, foi oficializada por meio do decreto municipal 6.465, publicado no Diário Oficial no último dia 8. De acordo com o documento, será aplicada multa diária de R$ 3 mil por cada viagem a menos que o estipulado em contrato.

Caso o número de pessoas em pé nos veículos seja maior que 50% do total de assentos, a empresa pagará, por passageiro excedente, R$ 328,97. Em caso de reincidência, a multa poderá ser multiplicada por 10. As denúncias de irregularidades podem ser feitas por meio do App Cajamar, disponível para usuários dos dispositivos iOS e Android.

No último dia 9, o prefeito acompanhou a fiscalização do serviço e conversou com passageiros. Durante a abordagem, realizada em pontos estratégicos do município, os fiscais verificaram a higienização dos veículos e o uso de máscaras por parte dos motoristas e cobradores.

“Eles (representantes da empresa) mandaram um documento para a Prefeitura pedindo que fosse diminuído o número dos ônibus e nós negamos. Falamos que, se tentassem fazer isso, nós iríamos multar. Quem manda na cidade é o povo. Não vim aqui fazer política, não estamos em ano de eleição, não é nada disso. Estamos aqui para trabalhar e cuidar das pessoas”, disse Danilo Joan na ocasião.

 

Fiscalização: caso o número de pessoas em pé nos veículos seja maior que 50% do total de assentos, a empresa será multada

 

Ainda segundo Danilo, a gestão tem feito sua parte no combate à covid-19, mas o transporte público precisa colaborar. “Em uma situação de pandemia, não dá para ver um ônibus cheio desse jeito. É uma falta de respeito com o cidadão. Nós estamos falando de vidas.”

Caso sejam aplicadas multas, o dinheiro será totalmente revertido para o Fundo Social de Solidariedade de Cajamar, que aplicará a verba na compra de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social. O montante poderá ser utilizado na aquisição de insumos para o combate à covid-19, se houver necessidade.

Casos

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Cajamar na última sexta-feira, a cidade já registrou 3.123 casos de covid-19 desde o início da pandemia. Desse total, 2.455 pacientes foram curados e 118 morreram em função da doença.