“É um dos equipamentos mais importantes da cidade, principalmente para quem mora nas zonas Sul e Oeste, pois integra diversas linhas de ônibus com o Metrô e a CPTM”, diz o ex-prefeito Kassab.

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Dois meses depois de entrar em funcionamento, o Terminal Pinheiros, em São Paulo, já caiu no gosto de quem usa. O terminal foi projetado na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, hoje presidente nacional do PSD (Partido Social Democrático), e a maior parte das obras foi concluída ainda durante o período em que ele esteve à frente da Prefeitura.

É um projeto urbanístico grandioso, que mexeu com uma extensa área, desde a Marginal do Rio Pinheiros até o Largo da Batata, razão pela qual algumas obras ainda estão em execução. Kassab deixou provisão orçamentária para que fossem realizadas depois que ele deixasse a prefeitura.

“É um dos equipamentos mais importantes da cidade, principalmente para quem mora nas zonas Sul e Oeste, pois integra diversas linhas de ônibus com o Metrô e a CPTM”, diz o ex-prefeito Kassab. Ele destaca que “além de ampliar a integração do transporte público, o terminal complementa o processo de revitalização do Largo da Batata, que deu melhores condições urbanas e de mobilidade à região”.

O Terminal Pinheiros, que beneficia diariamente cerca de 100 mil pessoas, é o único do tipo intermodal da cidade, ou seja, integra ônibus, trem, metrô, carro e até bicicleta. As obras foram iniciadas em dezembro de 2011 e toda a estrutura física foi concluída no final de 2012, quando foram entregues os 9 mil m² de área coberta, com seis plataformas, acesso para a Estação da linha Esmeralda da CPTM e para a Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela do Metrô, além da garagem subterrânea para 430 carros.

O terminal tem capacidade para até 26 linhas de ônibus municipais, além das intermunicipais, e pode receber até seis ônibus por minuto e 120 mil passageiros no horário de pico.

Atende gente que vem de muito longe, como Maria de Lourdes Pereira, que mora em Franco da Rocha e trabalha na avenida Giovanni Gronchi. Mesmo usando trem, metrô e ônibus, todo o trajeto foi facilitado devido à integração. Já Valdete Carvalho Oliveira vai do Parque Imperial até o Brooklin em 30 minutos. Como ela mesma diz: “É rapidérrimo!”. Veja o que as pessoas que usam o Terminal Pinheiros estão dizendo.

A construção do terminal trouxe benefícios também para os comerciantes de uma vasta área e para quem passa de carro pela região. As ruas do entorno foram totalmente reurbanizadas, com alargamento das pistas, enterramento de cabos de transmissão de energia elétrica, de dados e de telefonia. Sistema de drenagem, pavimentação, guias, sarjetas e calçadas foram refeitas e o sistema de iluminação pública e o paisagismo, renovados. A ciclofaixa em toda a extensão da avenida Brigadeiro Faria Lima, entregue no ano passado, também é parte do projeto que revitalizou os largos de Pinheiros e da Batata e criou a Nova Esplanada Faria Lima.

Várias intervenções viárias foram feitas na região. A rua Fernão Dias, por exemplo, ganhou novo traçado; a Teodoro Sampaio teve um trecho alargado, assim como as ruas Gilberto Sabino, Eugênio de Medeiros, Sumidouro e Capri; a Cunha Gago ganhou novas calçadas, mudas de árvores e teve guias rebaixadas para facilitar o acesso a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida; na Marginal Pinheiros, foi feita uma pista auxiliar, lateral ao terminal; e uma nova ligação foi feita entre as ruas Paes Leme e Butantã, além de uma nova ligação para conversão da rua Butantã para a rua Padre Carvalho.

Todas as obras – do terminal e de requalificação urbana – representaram investimento de pouco mais de R$ 200 milhões, recursos da Operação Urbana Faria Lima, que, como determina a legislação, só podem ser aplicados em equipamentos e melhorias públicas na região.

Veja a entrevista com o ex-secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo, Elton Santa Fé Zacarias, sobre o processo de construção do Terminal Pinheiros.