Entre 2006 e 2012, foram executadas pela Prefeitura paulistana cerca de 130 grandes intervenções de drenagem na cidade, como piscinões, reservatórios, córregos e diques. Hoje, piscinões estão com lixo acumulado.

 

Piscinão da Sharp, construído em parceria entre a Prefeitura e o governo do Estado

Piscinão da Sharp, construído em parceria entre a Prefeitura e o governo do Estado

 

As obras contra enchentes foram prioridade da gestão Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo. Entre 2006 e 2012, foram executadas cerca de 130 grandes intervenções de drenagem na cidade, como piscinões, reservatórios, córregos e diques. No período, foram inauguradas quatro grandes obras de piscinões e de melhorias nos existentes com recursos do município ou em parceria com o governo estadual.

Reportagem publicada no jornal Agora SP nesta segunda-feira (24) mostra que os piscinões da capital não estão preparados para a temporada de chuvas.  O jornal visitou 14 de 20 piscinões da cidade na semana passada e constatou que a maioria está abandonada, com uso indevido ou em más condições, com muita sujeira e lixo acumulado.

Em 2010, foi inaugurado o piscinão da Sharp, na bacia do Pirajussara, com capacidade para 500 mil m³ de água e investimentos de R$ 48,4 milhões, vindos de parceria entre a Prefeitura e o governo estadual. A gestão Kassab investiu R$ 7 milhões na desapropriação de terrenos. A obra beneficiou cerca de 160 mil pessoas.

O córrego Pirajussara recebeu também melhorias ao longo de toda sua extensão. Em dezembro de 2012, foi concluída a canalização de 1.620 metros na região do Campo Limpo, zona sul da capital. Foram, ao todo, 18,5 quilômetros de extensão no local. Também foram construídos dois reservatórios de bombeamento de 2.900m³ e 3.500 m³ de água.

O córrego Aricanduva recebeu um conjunto de cinco novos pôlderes (pequenos reservatórios), que armazenam as águas do córrego durante as cheias, evitando transbordamentos ou refluxo nas galerias nas vias baixas. Foram feitos ainda alargamento e aprofundamento da calha do córrego.

No Jardim Pantanal, além de um piscinão, foi erguido um dique para conter as águas das chuvas.

No final de 2009, foi entregue o piscinão Anhanguera, em Pirituba. A obra beneficiou 150 mil habitantes de São Paulo e Osasco.  O piscinão tem capacidade para 110 mil m³ e foi construído em área de 13,4 mil m². A obra foi executada pelo governo do Estado em terreno doado pela Prefeitura, que também ficou responsável pela manutenção do local.

Em 2008, a Prefeitura de São Paulo começou a instalar câmeras nos 15 piscinões da cidade para monitorar melhor o nível da água e as condições de manutenção de cada um deles. As imagens gravadas eram transmitidas para o Centro de Controle Integrado (Cecoi), instalado no segundo andar do prédio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).

O objetivo era monitorar com mais eficiência as condições da cidade para que medidas emergenciais possam ser tomadas com agilidade. No mesmo prédio, funciona um centro de logística que coordena operações e distribuição de recursos entre as diferentes subprefeituras.