Primeiras unidades foram integradas à frota da cidade em 2012. Além de usar energia limpa, tecnologia dos veículos elétricos reduz custos no abastecimento.

Em um projeto pioneiro da gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo, a cidade foi a primeira do país a contar com o serviço de táxis elétricos. Em 2012, dez veículos elétricos passaram a integrar a frota no município. Além do uso de energia limpa, uma vantagem da tecnologia elétrica é o custo reduzido na hora de abastecer o carro. Segundo estudos, o custo para abastecer com energia elétrica representa um quinto do valor da gasolina, por exemplo.

Também na gestão Kassab, São Paulo ganhou, em 2012, os primeiros 20 táxis híbridos de um lote previsto para chegar a 116 automóveis. Equipados com tecnologia que combina dois motores, um elétrico e outro a combustão, eles lançam 40% menos poluentes no ar da cidade do que os modelos convencionais. Os táxis híbridos foram incorporados em frotas de 10 empresas de táxis associadas à Associação das Empresas de Táxis do Município de São Paulo – Adetax. Cada veículo, modelo Toyota Prius, custou R$ 120 mil, mas a economia em combustível compensou o valor do automóvel, pois o motor elétrico trabalha sozinho até o veículo atingir a velocidade de 50 km/h. A partir dessa velocidade, o próprio carro entende que é necessária mais força para movimentá-lo e, então, o motor à combustão é acionado automaticamente.

Com um tanque de combustível com capacidade para 45 litros, os veículos híbridos chegam a fazer 25,5 quilômetros por litro e têm autonomia de até 1.150 quilômetros. Eles consomem 50% menos combustível, dependendo do modo de condução, se comparado a um veículo modelo 1.0. Além disso, a bateria do motor elétrico é carregada conforme o veículo roda, e não na tomada, o que não requer investimento em infraestrutura.

A gestão Kassab priorizou a implementação de políticas públicas voltadas ao uso de energias alternativas e não poluentes na frota de veículos da cidade. Todas as ações integraram o Plano Municipal de Mudança do Clima na Cidade de São Paulo, iniciativa também inédita no país e lançada em 2009, que resultou na Lei de Mudanças Climáticas, aprovada pela Câmara naquele ano. O Plano definiu metas para melhorar a qualidade do ar com medidas como redução de 10% ao ano no uso de combustíveis fósseis e o Programa Ecofrota, que previa a substituição de todos os ônibus do sistema público de transporte da cidade por modelos movidos por combustíveis renováveis e não-fósseis até 2018. As primeiras 50 unidades, que utilizam etanol aditivado, foram adquiridas em novembro de 2010.

Os testes com os ônibus movidos a etanol começaram em dezembro de 2009. Um modelo rodou aproximadamente 25 mil quilômetros nas ruas de São Paulo e transportou 85 mil passageiros. Ele não apresentou falhas, reduziu em mais de 80% as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global, em 90% a emissão de material particulado, 62% de óxidos de carbono e não emitiu enxofre no ar.

O projeto Táxis Híbridos e o Programa Ecofrota somaram-se a um conjunto de programas desenvolvidos na gestão Kassab voltados à proteção do meio ambiente, como a Inspeção Veicular Ambiental, o apoio institucional e financeiro às obras de expansão do metrô e a criação de ciclovias e ciclofaixas.