Vereador pretende disputar uma das vagas para deputado federal pelo PSD nas eleições deste ano: "Quero levar esse trabalho, que deu certo na Capital, também para algumas regiões do Interior."
O vereador Antônio Goulart

O vereador Antônio Goulart

Depois de cinco mandatos consecutivos como vereador pela cidade de São Paulo, Antonio Goulart, 60 anos, pretende disputar uma das vagas para deputado federal pelo PSD nas eleições deste ano e já definiu o perfil para a sua eventual atuação em Brasília: representar em Brasília a cidade de São Paulo, a população da Zona Sul e algumas cidades do interior do Estado. “O meu objetivo é continuar defendendo os interesses da nossa cidade de São Paulo e ampliar esse trabalho para que outras regiões do interior também possam ter mais desenvolvimento. Afinal, no exercício do meu mandato de vereador, sempre mantive laços com várias outras cidades do nosso Estado”, afirma Goulart.

O novo plano de Goulart começou a ganhar forma a partir de 2013, quando os dirigentes do PSD começaram a discutir os rumos da legenda para 2014 e destacaram a importância de apresentar candidaturas federais vinculadas à cidade de São Paulo. “As candidaturas a deputado federal têm lastro em cidades e regiões do interior do Estado e isso é fundamental, mas também chegamos a um entendimento de que é importante ampliar gradativamente a representação da cidade de São Paulo, que tem regiões com grande população, e têm obstáculos que requerem recursos adicionais para ser superados com mais celeridade”, argumenta.

Mineiro de Vargem Bonita, ainda na juventude Goulart mudou para São Paulo e ingressou na política em 1972 pelo então MDB. Atualmente, representa na Câmara Municipal a população da cidade de São Paulo e concentra a sua atuação na Zona Sul. Reeleito em 2012 com 104.301 votos, desde o ano passado assumiu um novo desafio no Legislativo paulistano: presidir a Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ).

Na manhã do último sábado (11), Goulart abriu um novo escritório político em Interlagos, na Zona Sul, que funcionará também como um novo núcleo do PSD na cidade. “Aqui será o quartel general do PSD na Zona Sul”, assegura. A seguir, os principais trechos da entrevista exclusiva concedida ao site do PSD:

Após cinco mandatos consecutivos como vereador na cidade de São Paulo, portanto bem-sucedidos, o senhor pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília. Qual o motivo dessa mudança?
Antonio Goulart
– Nós, eu e minha equipe, representamos uma parte da população da cidade de São Paulo há quase 20 anos na Câmara Municipal e conseguimos melhorar a vida de milhares de paulistanos nesse período. Aprovamos as leis que garantem uniforme, kit escolar e tênis gratuitos para alunos da rede municipal, e acabamos de tornar obrigatória a presença de pelo menos um psicopedagogo em cada escola. Com muito esforço e a mobilização da população da Zona Sul, conseguimos para a região o Complexo Viário Jurubatuba, que melhorou a mobilidade em toda a área. Agora, a direção do PSD entende que podemos contribuir com São Paulo em Brasília e levar esse trabalho, que deu certo na capital, também para algumas regiões do Interior.

Com quais regiões do interior do Estado o senhor já tem relação?
Tive a honra de trabalhar diretamente com o ex-deputado estadual Sérgio Santos na Assembleia Legislativa do Estado, entre o fim da década de 70 e início dos anos 80. Nesse período, estabeleci laços muito fortes com municípios de Itapetininga, Angatuba, Capão Bonito, entre várias outras cidades. Na Grande São Paulo tenho uma ligação emocional com Santo André, município no qual estudei e tive comércio durante vários anos. É natural que tenhamos amigos, que confiam em nós e, claro, sempre honraremos essa confiança.

Mas isso não pode criar uma distância entre os paulistanos e o senhor?
Algumas pessoas que desde o início acreditaram nas nossas propostas e no nosso trabalho já me questionaram sobre isso, mas, como sempre, fui claro e sincero e compreenderam: a cidade de São Paulo precisa ampliar a sua representatividade em Brasília. Todas as regiões da nossa cidade são populosas e carecem de investimento maciço e a direção do PSD quer estimular candidaturas federais que tenham vínculo direto com a capital. Além disso, tenho uma relação próxima de outras cidades, como é o caso de Santo André, na qual morei por muitos anos e sei que pontos que precisam da atenção de Brasília. Não posso querer abraçar o mundo, mas é importante levar o nosso trabalho também para lugares que merecem e querem se desenvolver, assim como a capital.

Qual perfil você pretende dar a um eventual mandato federal?
O nosso objetivo é ampliar ainda mais a rede de saúde pública, desenvolver novos projetos na área da segurança e, também, no transporte público de média e alta capacidades. Se tudo der certo, eu ficarei parte da semana em Brasília, mas vou montar a agenda de forma que atenda os paulistanos e as cidades do interior, que vão desde Itapetininga até a divisa do Paraná, nas quais também pretendo atuar como sempre fiz, atento aos problemas existentes e buscando soluções para superar obstáculos.

Há um tema específico que o senhor pretende incluir na sua agenda?
Não vou me distanciar dos temas que considero fundamentais e aos quais me dediquei desde o primeiro mandato como vereador: educação, transporte e esporte públicos, este último como opção de lazer e indutor de uma qualidade de vida melhor para todos. Mas há temas que precisam ser discutidos com mais intensidade, na minha opinião…

Quais?
Os valores da aposentadoria e a revisão do Código Penal, por exemplo.

O senhor pode detalhar…
É certo que o sistema previdenciário precisa ter equilíbrio, mas  a aposentadoria tem de assegurar aos pensionistas o direito de participar ativamente da economia do País, pois contribuíram a vida inteira. Na prática, todos sabemos que isso não acontece. Outra questão fundamental para a nossa sociedade é a revisão do Código Penal, porque os criminosos se sofisticaram, estão mais organizados e entendo que é preciso atualizar a legislação à luz da realidade.

Está confiante no desempenho do PSD?
Não tenho dúvida alguma de que o partido, que reúne homens públicos com grande experiência e estimula a ativa participação dos jovens, vai crescer nas próximas eleições. Teremos candidatos a cargos majoritários em importantes capitais e excelentes nomes para o Senado, Câmara Federal e para as Assembleias Legislativas. Em São Paulo, por exemplo, eu defendo que o Gilberto Kassab seja o candidato do partido ao governo do Estado. Kassab fez um grande trabalho na cidade, embora a capacidade de investimento da Prefeitura já estivesse muito aquém da necessidade real de São Paulo.