A construção do Sistema Produtor São Lourenço será realizada, conforme reportagem da Folha, por meio de uma PPP. A obra, considerada essencial para combater a crise hídrica, terá 80 km e beneficiará cerca de 1,5 milhão de pessoas em sete municípios

 

Reservatório do Sistema Cantareira, um dos mais afetados pela estiagem

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Os governos federal e do Estado de São Paulo firmaram convênio nesta quinta-feira (4) no valor de R$ 3,24 bilhões para viabilizar obras de saneamento básico e mobilidade urbana no Estado, segundo a versão online da Folha de S.Paulo.

A liberação dos recursos foi oficializada em um evento no Palácio do Planalto na manhã desta quinta em que a presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin assinaram dois termos de compromisso.

Segundo a Folha, a construção do Sistema Produtor São Lourenço, tido pelo governo paulista como essencial para combater a crise hídrica no Estado, está orçada em R$ 2,6 bilhões. Desse valor, R$ 2,3 bilhões serão financiados pela Caixa e R$ 522,8 milhões pelos bancos privados, sendo a contrapartida do sistema São Lourenço de R$ 261,2 milhões.

A obra será realizada, conforme a reportagem, por meio de uma parceria público-privada (chamada de PPP) e o dinheiro destinado a ela será administrado pelo consórcio privado responsável pela obra. O termo foi assinado por Dilma, Alckmin e as instituições financeiras Caixa Econômica, Itaú e BTG Pactual e a empresa Sistema Produtor São Lourenço S.A.

A obra, que terá 80 km, beneficiará cerca de 1,5 milhão de pessoas em sete municípios: Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana do Parnaíba e Vargem Grande Paulista. Ela formará também o oitavo sistema de abastecimento do Estado, considerado pelo governo estadual como essencial para proteger o Estado do risco de desabastecimento.

O Ministério das Cidades, de acordo com a Folha, prevê que a obra será concluída no início de 2018, mas pode estar em funcionamento antes.

Mobilidade

O governo federal anunciou também o repasse de R$ 500 milhões para a obra de extensão da linha 9 da CPTM, que está orçada em R$ 633,6 milhões. O restante do valor, R$ 133,7 milhões será custeado pelas empreiteiras. A obra faz parte do programa Pacto da Mobilidade Urbana, anunciado pelo governo federal em 2013.

A extensão da nova linha será de 4,4 km entre a estação Grajaú até Varginha, na zona sul de São Paulo. Haverá uma parada intermediária entre elas, a estação Mendes-Vila Natal. A expectativa é que o empreendimento beneficie 631 mil usuários por dia.