Equipamento para veículos, obrigatório desde 1º de janeiro, sumiu do mercado, criando muitas dificuldades para motoristas de todo o País. Foi uma das primeiras medidas do novo titular de Cidades.

Em seu primeiro dia à frente do Ministério das Cidades, Gilberto Kassab, do PSD, resolveu uma questão que estava provocando transtornos a milhares de motoristas em todo o Brasil: a obrigatoriedade de uso dos extintores de incêndio com a carga conhecida como ABC em veículos foi suspensa por 90 dias.

A medida havia entrado em vigor no dia 1º de janeiro e sujeitava motoristas que não tinham o equipamento em seus carros a multa de R$ 127,60 e a inclusão de cinco pontos na Carteira de Habilitação.

Nas últimas semanas, os extintores ABC desapareceram de lojas especializadas e postos de gasolina que vendem o equipamento em razão da alta demanda e também por especulação, segundo acreditam comerciantes.

A decisão de Kassab, tomada em acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que é ligado ao Ministério das Cidades, teve o propósito de não penalizar os motoristas em razão das circunstâncias do mercado. Com mais 90 dias de prazo, eles terão de se adaptar à nova norma. A regra que passou a valer no dia 1º estava prevista em uma resolução de 2009. O prazo de 90 dias começará a ser contado a partir da publicação da resolução no “Diário Oficial” da União.

Os veículos mais atingidos pela norma são aqueles produzidos até 2009, que têm o extintor com carga BC. Só no Estado de São Paulo, que tem a maior frota de carros do País, estima-se que mais de um terço dos 26 milhões de carros estão nesta situação. Os automóveis produzidos a partir de 2010 já possuem o extintor ABC.

Os extintores ABC têm algumas vantagens sobre os do tipo BC. O maior prazo de validade do equipamento, cinco anos, em vez de três, e a maior eficiência. Ele pode controlar o fogo em estofados, tapetes e painéis. O modelo BC é apropriado ao combate de incêndios causados por líquidos inflamáveis como gasolina e querosene.