Ex-ministro e ex-secretário municipal, Andrea Matarazzo afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que vem se preparando para comandar a capital paulista desde que foi subprefeito

 

Andrea Matarazzo: Para o partido é importante ter um candidato majoritário em todos os municípios”

 

Pré-candidato a prefeito de São Paulo, Andrea Matarazzo conversou com o Estadão nesta quarta-feira (31). Matarazzo falou de sua ampla experiência na administração da cidade, onde ocupou cargos como secretário de Serviços e de Subprefeituras, subprefeito da Sé e vereador, além de ter sido secretário estadual e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação no governo FHC. Andrea falou ainda sobre o desempenho da nova gestão do Governo Federal e do governador João Doria. Confira alguns trechos da entrevista:

Estadão: O sr. tem alguma garantia de Gilberto Kassab, presidente do PSD, de que será candidato à Prefeitura em 2020?

Andrea Matarazzo: Há uma dinâmica nessas coisas. Eu passei 30 anos em um partido (o PSDB) onde eu tinha uma legenda certa (em 2016) quando na última hora o governador me tirou. Faz parte. A garantia que tenho agora é conhecer o Gilberto há muitos anos. Sei a forma como ele promete. Para o partido é importante ter um candidato majoritário em todos os municípios para consolidar o PSD como terceira força política nacional. Na vida a gente só tem certo a morte, mas acredito que, para o PSD, é o melhor caminho.

Mas o sr. está trabalhando para ser candidato?

Desde que eu estive na Prefeitura como subprefeito eu venho me preparando. Fui vereador para conhecer a Câmara por dentro e a motivação do vereador no dia a dia da cidade.

O PSD está na base do governo paulista. Espera que Doria suba no seu palanque?

João Doria está no PSDB, que provavelmente terá um candidato. Claro que provavelmente ele não irá entrar em conflito direto com outros candidatos porque o projeto dele é a Presidência da República.

Como está a relação de vocês?

Está boa. Normal como nos últimos 30 anos

Então o sr. não guardou mágoas das divergências que tiveram nas prévias e na campanha de 2016?

Não. Guardar mágoa dá câncer.

De olho em 2020, Bruno Covas vem se posicionando como uma voz moderada no PSDB e rejeita levantar a bandeira do antipetismo, como faz Doria. Essa narrativa pode colar?

As pessoas quando vão disputar eleição já deveriam ter se posicionado há muito tempo.

O sr. é antipetista?

Sempre fui contra o pensamento do PT em sua origem. Então, sim, sou e sempre fui antipetista. Nunca votei no PT. Mas ficar falando do PT é assoprar a brasa para acender de novo. O PT é passado. Ideologizar a discussão na cidade é um erro tremendo que se cometeu muitas vezes.

Doria usou essa estratégia e venceu duas vezes…

Ele venceu muito por usar que era gestor.

Doria é um bom gestor?

No governo do Estado está fazendo um trabalho bom. É um bom gestor.

E na Prefeitura, ele foi um bom gestor?

É uma questão de perfil.

Seu discurso em relação a ele mudou…

Perfil de Prefeitura é para dentro. Resolver problemas 24 horas por dia. Tem que ter vocação para isso.

Valeu a pena o preço do eleitorado rejeitar o PT votando no Bolsonaro?

Bolsonaro tem acertos objetivos, como a reforma iniciada no governo Temer. A área econômica está andando e promete resultado. Mas o presidente faz oposição a si próprio com declarações que jogam areia nos olhos de todo mundo.

Qual sua avaliação sobre a gestão Bruno Covas?

Um desastre.

Veja aqui a íntegra da entrevista