A nova licitação para creches lançada pela Prefeitura de São Paulo na semana passada prevê poucas unidades em bairros com grande demanda. É o que aponta reportagem publicada nesta terça-feira (15/7) no jornal Agora SP. De acordo com as informações apresentadas na apuração, das 43 creches previstas, apenas uma ficará no M’Boi Mirim, Zona Sul, que tem uma demanda de 13.374 vagas, a 5a maior na cidade. No Butantã, Zona Oeste, onde a demanda é de 4.096 vagas, serão construídas quatro unidades.
Entre 2006 e 2012, durante o governo Gilberto Kassab à frente da Prefeitura de São Paulo, a rede municipal de ensino registrou o maior crescimento no número de crianças atendidas em creches. O número de unidades passou de 870, em 2004, para mais de 1.500, com um salto na oferta de vagas de cerca de 60 mil crianças para mais de 140 mil, ainda em 2010.
Com a reorganização da Educação Infantil, em 2011, a faixa etária atendida em creche passou de zero a três anos para quatro anos incompletos. Assim, mais de 210 mil crianças passaram a ser atendidas. Essa ampliação foi possível graças à construção de novas unidades e à assinatura de novos convênios.
A licitação lançada agora é a primeira da atual gestão, depois de um ano e meio de seu início. De acordo com o plano de metas, 243 devem ser construídas até o fim do mandato, em 2016. Até o momento, as 26 unidades entregues, além das outras 5 que estão com obras em andamento, são fruto do contrato firmado na gestão Kassab.
As unidades da nova licitação poderão atender até 12 mil crianças. Dados de junho apontam 128,5 mil crianças à espera de uma vaga em creche na capital paulista.
A reorganização da Educação Infantil promovida em 2011 faz parte do projeto de universalização do atendimento em pré-escola: todas as crianças na faixa etária de 4 e 5 anos estarão na escola, com 6 horas diárias de aula.
