Centro Expandido vai concentrar moradores com mais 60 anos; população total superará 12 milhões de habitantes a partir de 2030

O número de idosos vai dobrar na cidade de São Paulo até 2030, segundo pesquisa da Fundação Seade divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo nesta quarta-feira (21). Os motivos são a taxa de natalidade em redução e a expectativa de vida aumentando na capital paulista.

O levantamento também revela que São Paulo vai ultrapassar a marca de 12 milhões de habitantes em 2030.

O índice de envelhecimento da população, que relaciona o grupo de pessoas com mais de 60 anos de idade em comparação a jovens com menos de 15 anos vai dobrar entre 2010 e 2030.

De 6 idosos para cada 10 jovens, em 2010, para 12 idosos a cada 10 jovens em 2030. Em 2050 a proporção será ainda maior: serão 21 idosos para cada 10 jovens. A partir de 2027, São Paulo terá mais idosos do que jovens morando na cidade.

Os bairros da região central e do Centro Expandido, como Pinheiros, Bela Vista e Jardins (na média, serão 40 idosos para cada 10 jovens) serão as regiões que concentrarão os moradores acima de 60 anos de idade na cidade.

Segundo a pesquisa, a taxa de fecundidade de São Paulo é o principal motivo para a mudança de perfil da cidade. Entre 1980 e 2010, o número médio de filho por mulher paulistana caiu de 3,2 para 1,7 filho.

A tendência é de que nesta década a proporção caia ainda mais. Em 2030, pelo menos 30 distritos da cidade vão apresentar saldos “vegetativos” (os óbitos serão maiores do que os nascimentos) negativos.

O Seade também divulgou previsões para a população de São Paulo. Em 2015, serão pelo menos 11,582 milhões de habitantes na capital. A partir de 2030, a cidade deve ultrapassar a marca de 12 milhões de pessoas. Em 2050, o contingente de São Paulo será de 12,205 milhões de paulistanos.