Palacete dos Artistas faz parte do Programa Renova Centro, lançado em 2010 e que deu início à desapropriação de 50 edifícios no centro de São Paulo. As obras de revitalização do edifício começaram em 2012.

 

 

Palacete dos Artistas, antigo Hotel Cineasta, será abrigo para artistas

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A Prefeitura de São Paulo entregou nesta sexta-feira (12) o edifício Palacete dos Artistas, projeto iniciado na gestão Gilberto Kassab destinado a moradia popular de artistas com mais de 60 anos e renda familiar de um a três salários mínimos. São 50 apartamentos no edifício de 1910, que fica na avenida São João, região central.

O prédio faz parte do programa Renova Centro, que mapeou cerca de 50 edifícios e iniciou processos de desapropriação para sua conversão em moradia popular na região central.

As obras de revitalização do edifício começaram em 2012. O valor investido foi de cerca de R$ 8,2 milhões, além da desapropriação, de R$ 4,2 milhões, realizada em 2011.

Os novos moradores foram cadastrados em 2008 e inseridos no programa habitacional provisório da Prefeitura até a entrega das unidades.

As famílias fazem parte do Programa Locação Social, pelo qual pagam mensalmente de 10% a 12% da renda mensal familiar, que deve ser de até três salários mínimos.

As famílias ficam nos apartamentos por tempo indeterminado e firmam contrato, que deve ser renovado a cada quatro anos.

Renova Centro

Entre os programas desenvolvidos durante a gestão Kassab na área da habitação, que beneficiaram 360 mil famílias, a administração criou solução para o centro da cidade com o projeto Renova Centro, que busca conciliar e equilibrar questões como habitação, emprego e completa infraestrutura.

Como a região é dotada de metrô, grande quantidade de linhas de ônibus, além de equipamentos como hospitais e outros de saúde, escolas, bibliotecas e opções de lazer, a expectativa era de redução de mais de 300 mil viagens diárias realizadas em direção ao centro, o que diminuiria o trânsito na área central da cidade.

O projeto foi lançado em 2010 pela Secretaria Municipal de Habitação, com previsão de desapropriar 50 prédios para a construção de 2,5 mil moradias populares. A partir de uma parceria entre a Prefeitura e a Faculdade de Arquitetura da USP (FAU-USP) foram definidos os critérios para selecionar os prédios.

A ideia foi readaptar os edifícios – antigos hotéis e escritórios – e transformá-los em apartamentos, a exemplo do que foi feito nos condomínios Riachuelo, concluído em 2008, Asdrúbal do Nascimento e Senador Feijó, concluídos em 2009 pela Cohab (Companhia Municipal de Habitação de São Paulo).