Em palestra virtual, a advogada e ativista Raphaela Galletti propôs que a área volte a ter um gerente, como ocorreu na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab

 

Organizado pela coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, encontro virtual reuniu lideranças e militantes do partido

 

 

Redação Scriptum 

 

Um dos principais símbolos da cidade de São Paulo, a avenida Paulista precisa de um gerente nomeado pela Prefeitura que trabalhe de maneira inclusiva e eficiente, como ocorreu no período em que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, exerceu o cargo de prefeito (2006-2012). A opinião é da advogada e ativista Raphaela Galletti, palestrante do encontro virtual promovido pelo PSD Mulher nesta quinta-feira (13).

Organizado pela coordenadora nacional do núcleo feminino do partido, Alda Marco Antonio, o evento Avenida Paulista, sua História e suas Lutas teve a mediação da secretária do PSD Mulher Nacional, Ivani Boscolo, além das participações da vereadora paulistana Edir Sales e da arquiteta Maria Del Carmen Adsuara. “A Raphaela é uma grande militante. É muito importante a luta pela preservação dos espaços públicos. Precisamos controlar a volúpia dos que tentam se apropriar deles, deteriorando e desumanizando esses espaços”, ressaltou Alda Marco Antonio.

Presidente da associação Movimento de Moradores, Prestadores de Serviços e Comerciantes da Avenida Paulista (MOV Paulista), Raphaela iniciou a palestra com um resumo da história da tradicional via, inaugurada em 1891. Segundo a palestrante, entre os problemas que prejudicam a avenida desde a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (2013-2016) está a ocupação desordenada do espaço feita por artesãos e comerciantes.

“Tivemos a nomeação de um gerente para a avenida na gestão Kassab, uma excelente iniciativa que foi descontinuada nos últimos anos e eu queria muito que fosse retomada. A Paulista está sem zeladoria, as ruas do entorno estão maltratadas. A cada dez metros tem alguma barraca com um produto ilegal, os exploradores alugam esses espaços. Não é possível essa avenida virar uma terra sem lei só porque é ‘bacana’, porque faz bem para alguns políticos”, disse Raphaela.

De acordo com a palestrante, o apoio fornecido pelos gerentes era fundamental na gestão da Paulista, que tem 2,8 quilômetros de extensão e está sob jurisdição de três subprefeituras: Vila Mariana, Sé e Pinheiros. “Eles faziam uma interlocução entre as subprefeituras para que a avenida tivesse as mesmas atividades de manutenção, fiscalização e zeladoria. A administração pública deu um salto de qualidade nessa época. Na gestão Kassab, tivemos a Lei Cidade Limpa e o TAC 2007, que disciplinou a realização de eventos.”

A palestrante também criticou a sujeira, a falta de estrutura e os transtornos provocados pela feira gastronômica promovida em frente ao Parque Trianon, que é tombado pelo Condephaat e o Conpresp. “É um parque para preservação e contemplação. Não é adequado realizar eventos no parque ou na praça ao lado”, frisou Raphaela.

Apoios

Durante a sua participação, a vereadora Edir Sales ofereceu apoio às reivindicações de Raphaela Galletti. “Ver o amor e o conhecimento que ela tem sobre a avenida Paulista é uma coisa que deixa a gente emocionada. Quero colocar o meu gabinete à disposição. Vamos batalhar para que a avenida volte a ter um gerente, alguém que leve os problemas para o prefeito.”

A arquiteta Maria Del Carmen elogiou a postura combativa e os posicionamentos da palestrante a respeito de temas como mobilidade urbana e meio ambiente. “Além de lutar pelo coração da nossa cidade, que é a Avenida Paulista, Raphaela mostrou problemas que vemos em todos os bairros.”