O prêmio, realizado pela revista Época São Paulo, está diretamente ligado ao grande trabalho de restauração feito entre 2009 e 2011, durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab.

O Theatro Municipal de São Paulo acaba de ser eleito como a melhor sala de concertos da cidade no concurso “O melhor de São Paulo 2013/2014”, realizado pela revista Época São Paulo, da Editora Globo. A escolha foi feita por um júri indicado pela revista e também por meio do voto popular.

O prêmio recebido pelo Theatro Municipal está diretamente ligado ao grande trabalho de restauração feito entre 2009 e 2011, na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, hoje presidente nacional do PSD. As obras, além de devolverem ao teatro aparência idêntica à que tinha quando foi inaugurado, em setembro de 1911, usaram novos materiais e tecnologias de ponta para transformar a sala de espetáculos em uma das mais modernas da cidade.

Segundo Bia Amaral, diretora da casa durante o período de restauro, o teatro passou a ser um prédio histórico, do início do século 20, equipado com palco do século 21. “Com a modernização, foi elevado a outra categoria. Desde a sua reinauguração, em 2011, é outro o patamar na qualidade da programação”, comenta ela.

No palco, as varas cênicas foram substituídas por peças novas capazes de suportar mais peso e maior elevação, enquanto o urdimento  (o conjunto de traves que sustenta os equipamentos cênicos) ganhou nova estrutura metálica. O sistema de iluminação cênica foi substituído e os refletores frontais, reposicionados. Novos projetores e mesa de luz foram adquiridos. O fosso da orquestra ganhou tratamento acústico e as paredes, inclinação, para melhorar o retorno do som para o palco. Além disso, foram colocadas portas acústicas na caixa cênica, além de novos sistemas de sonorização e vídeo. Todos os equipamentos são ligados a modernas mesas de controle eletrônico. Tudo isso permitiu trazer para o Theatro Municipal grandes espetáculos, antes vetados em razão da falta de infraestrutura.

As 1.500 poltronas foram reformadas e voltaram a ter tecido vermelho, como era em 1950. Foram incluídos 10 novos assentos para obesos e cadeirantes.

As fachadas e a ala nobre foram renovadas. Vinte e cinco conjuntos de vitrais foram recuperados, em um total de 14.262 vidros refeitos. O mesmo aconteceu com a pintura decorativa das paredes, resgatada com base em fotos antigas.

Toda a reforma foi acompanhada por arquitetos, engenheiros, eletricistas e historiadores. O restauro custou R$ 28,3 milhões, recursos da Prefeitura de São Paulo e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).