A solidariedade, a defesa da ética e o combate à violência doméstica são as principais bandeiras políticas de Adriana Shioda Lima, ativa integrante do PSD Mulher de São Paulo. Há seis anos, ela utiliza seu talento para fortalecer a autoestima de mulheres de baixa renda vítimas de câncer de mama que passaram por mastectomia (cirurgia de extração total ou parcial dos seios).
Especialista em micropigmentação, técnica que consiste na implantação de pigmento na pele para a correção de imperfeições, Adriana realiza em casa, sempre com a autorização do médico da paciente, sessões gratuitas de reconstrução da aréola, área circular que envolve o mamilo.
Desde que iniciou esse trabalho voluntário, que concilia com a prestação de serviços remunerada para uma empresa do setor, Adriana coleciona histórias comoventes, como a do tratamento de uma moradora do Campo Limpo, bairro da Zona Sul da capital paulista. “Fui até a casa dela porque essa senhora não tinha condições de vir até a minha, na Freguesia do Ó (zona Norte de São Paulo). Ela queria fazer a reconstrução da aréola, mas não tinha dinheiro. Depois da sessão, que nem precisou de retoque, vi a felicidade no rostinho dela. É muito gratificante”, recorda Adriana, de 45 anos.
A micropigmentadora conta que especialistas nesse tipo de procedimento cobram até R$ 2.000,00 por sessão realizada. Entretanto, não abre mão de ajudar, de acordo com a disponibilidade de sua agenda, os que realmente precisam. “Se for algo apenas estético, não faço. Mas são pessoas muito humildes que me procuram. Elas já estão passando por um momento muito difícil, retiraram um seio, estão fazendo quimioterapia. Não posso atender muita gente, mas desses eu não tenho coragem de cobrar”, frisa Adriana.
Início na política
Casada com o motorista Marcelo Edvaldo e mãe de dois filhos – Victor, de 24 anos, e Gabriel, de 19 –, Adriana não teve nenhuma experiência com atividades políticas antes de se filiar ao PSD. Neta de japoneses, morou por oito anos na terra dos seus antepassados, de 1994 a 2002, em busca de melhores condições de vida.
Nesse período, trabalhou na Sony, como funcionária da linha de montagem do Playstation 1. Sobre essa época, diz que aprendeu muito sobre cidadania e respeito ao próximo.
A maneira como ingressou no PSD Mulher, em setembro de 2017, comprova o quanto a ala feminina é acessível às interessadas em participar. Estimulada por um amigo já filiado à sigla, buscou informações sobre propostas e diretrizes no site do partido.
Gostou tanto do conteúdo que procurou a coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, e pediu para participar. “Me identifiquei com as ideias do PSD e enviei um e-mail para a Alda pedindo uma reunião. A gente nem se conhecia, mas ela me atendeu, tem me dado muita força e, desde então, participo de todas as reuniões e discussões”.
Nos debates do partido, Adriana entendeu que a participação política é ferramenta fundamental para o empoderamento feminino. “O machismo ainda é muito forte. Quero lutar contra isso, quero que as mulheres abram os olhos”, resume.