O Hospital Santo Antônio, que começou a funcionar na região da Penha em 2012 graças a um convênio assinado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab, ganhou 90 novos leitos porque o plano de ampliação de leitos definido em sua gestão teve continuidade. A unidade também terá consultórios para atender pacientes em cinco especialidades. O atendimento será mantido a partir do custeio dos leitos pela Administração Municipal, que repassará a verba para a instituição parceira, a Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência.
A unidade hospitalar, que atende exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), foi inaugurada com a presença de Kassab em marco do ano passado. “Essa inauguração representa um avanço na prestação de serviços gratuitos de Saúde na cidade de São Paulo, principalmente em uma região onde a demanda é muito grande”, afirmou.
“Além disso, o atendimento será feito por uma instituição que é referência para todos nós pela sua seriedade, pelo resultado de seus trabalhos, pelos seus dirigentes. Os recursos serão públicos, mas muito bem administrados e com ganho muito efetivo para a Zona Leste”, completou. O hospital Santo Antônio foi implantando nas antigas instalações do hospital Nossa Senhora da Penha cujos prédios foram arrendados por 10 anos pela Beneficência Portuguesa.
O atendimento é exclusivo para pacientes do SUS com casos de média complexidade e maternidade que forem obrigatoriamente encaminhados pelas unidades públicas de saúde do município. Durante o primeiro ano de funcionamento, contando com 113 leitos, o Hospital Santo Antônio realizou 2.350 partos, 3.900 consultas e 650 cirurgias.
Além da maternidade, a Instituição oferece também consultórios para seis especialidades médicas: oftalmologia, ginecologia, urologia, cabeça e pescoço, cirurgia vascular e cirurgia geral. Atualmente o Hospital Santo Antônio possui uma equipe de 560 profissionais entre médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, profissionais administrativos e áreas de apoio hospitalar.
Novos hospitais
Desde 2005, a Prefeitura de São Paulo implantou cinco hospitais. A cidade não ganhava um hospital havia 17 anos até a inauguração do Hospital Cidade Tiradentes em 2007. Em 2008, foi inaugurado o Hospital M’Boi Mirim e o Hospital São Luiz Gonzaga foi municipalizado em 2008 para que não fosse fechado. O Santo Antônio foi reaberto em março de 2012 pela Beneficência Portuguesa de São Paulo e custeio pela Prefeitura de São Paulo. Além disso, o Sorocabana, que já tem uma AMA 24 horas e uma AMA Especialidades em funcionamento, e a intenção da gestão Kassab era recuperá-lo para entrega-lo à população.
Na gestão Kassab foram identificadas áreas para os três hospitais previstos na Agenda 2012 , que somavam 200 leitos. Esses leitos seriam distribuídos nas regiões sul (Capela do Socorro), leste (Vila Carrão) e norte (Freguesia do Ó) da Capital.
As áreas estavam em processo de desapropriação. Foram publicados decretos no Diário Oficial da Cidade de São Paulo que declararam três imóveis – todos eles antigos hospitais – como sendo de utilidade pública para desapropriação futura. O objetivo era aproveitar estruturas já projetadas para ser um hospital, melhorando a estrutura pré-existente, acelerando a abertura dos equipamentos e economizando recursos públicos, desta forma aproveitando a expertise adquirida durante implantação do Serviço de Atenção Integral ao Dependente (SAID).
PPP da Saúde
Os três novos hospitais seriam complementados pelo projeto de PPP da Saúde, elaborado com o objetivo de modernizar e ampliar a rede hospitalar municipal por meio de Parceria Público-Privada, com investimentos de R$ 1,2 bilhão para a construção de três novos hospitais, substituição de prédios de seis hospitais e reformas em outros três e a construção de quatro novos centros de diagnóstico por imagem.
Dessa forma, seria duplicada a capacidade de atendimento e o número de leitos seria significativamente ampliado. Apenas com a construção dos três novos equipamentos, a capital ganharia mais 550 leitos.
Com as ampliações e reformas das demais unidades previstas no projeto, a cidade passaria a ter aproximadamente 1.000 novos leitos. A expectativa é que a iniciativa faça saltar dos atuais 1.226 leitos para 2.152 leitos, um aumento de 79,93%.
Haverá também ampliação no número de salas em centros cirúrgicos (de 28 para 53 – 89,29% de crescimento) e salas de parto (de 11 para 20 – 81,82% de aumento). Além dessas ampliações, os hospitais passarão a realizar consultas e exames ambulatoriais, com a criação de consultórios de especialidades para atender pacientes encaminhados pela rede e o retorno de pacientes que realizaram cirurgias. Na prática, a extensão da estrutura vai gerar um aumento ainda maior na capacidade de realização de cirurgias (246,79%) e de partos (293,62%).