Primeiro de dois túneis sob a linha férrea da CPTM começa a resolver o gargalo do trânsito na área central
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O prefeito Marco Bertaiolli: “A obra equaciona a complicada questão do trânsito e ainda colabora com a recuperação da região central”

O prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Bertaiolli (PSD), entregou no sábado (10) a primeira etapa da principal obra de mobilidade urbana da história da cidade. O Complexo Viário Jornalista Tirreno Da San Biágio, formado por dois túneis construídos na área central, terá a primeira passagem subterrânea inaugurada após um ano e dois meses de trabalho. O segundo túnel segue em ritmo acelerado – com 55% do cronograma – e será inaugurado em 2017. A obra tem investimento total de R$ 128 milhões, dos quais R$ 98 milhões do Ministério da Cidades, liberados pelo então ministro Gilberto Kassab, que comandou a pasta.

“Mogi das Cruzes tem 456 anos e é uma das cidades mais antigas do Brasil. A área central tem ruas estreitas, da época da colonização portuguesa, e é cortada por uma linha férrea que sempre separou a cidade em duas regiões distintas. Tivemos a ousadia de implementar esta solução, que ao mesmo tempo equaciona a complicada questão do trânsito e ainda colabora com a recuperação da região central, requalificando a área no entorno da passagem subterrânea e devolvendo-a aos cidadãos como parte de um amplo projeto de urbanização”, diz Bertaiolli.

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A obra tem investimento total de R$ 128 milhões, dos quais R$ 98 milhões do Ministério da Cidades, liberados pelo então ministro Gilberto Kassab.

Os trens da CPTM passam em um intervalo médio de 3 minutos e, antes do início das obras, este era o ritmo de paralisação do trânsito nas ruas Cabo Diogo Oliver e Adhemar de Barros (no sentido Mogilar-Centro) e na Dr. Ricardo Vilela e Hamilton da Silva e Costa (sentido Centro-Mogilar). Após a conclusão da passagem, os carros poderão atravessar a linha férrea pelo subsolo e a área de cima, onde estão as praças Oswaldo Cruz e Sacadura Cabral, que serão integradas, urbanizadas e devolvidas à população, unindo-se ao terreno entre as ruas Cabo Diogo, Engenheiro Gualberto e Hamilton da Silva e Costa, que também se tornará um novo espaço público.

O planejamento do trabalho teve início com as obras do túnel 2, que liga as ruas Ricardo Vilela e Hamilton da Silva e Costa. Concluído, o túnel permitirá que os carros atravessem a linha férrea de forma ininterrupta, desafogando o trânsito na região central e preparando Mogi das Cruzes para uma nova etapa de crescimento e desenvolvimento econômico. Tecnicamente, as obras exigem que as escavações aconteçam com os trens em operação – o que demonstra sua complexidade. Mesmo assim, o cronograma inicial vem sendo cumprido à risca.

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O túnel permitirá que os carros atravessem a linha férrea de forma ininterrupta, desafogando o trânsito na região central.

O túnel inaugurado, no sentido Centro-Bairro, tem 298 metros de comprimento – são 4,5 metros de largura de pista no interior da passagem, com saída em duas faixas, com 7,5 metros no total. Durante toda a execução das obras, o comércio no entorno permaneceu aberto e nenhuma calçada foi fechada, garantindo, dessa forma, o acesso dos pedestres às lojas. O túnel conta com gradis de segurança, iluminação e um moderno sistema de drenagem de águas pluviais.

Já a segunda passagem, com extensão de 426 metros, ligará a rua Cabo Diogo Oliver à avenida Governador Adhemar de Barros. Atualmente, os cerca de 200 funcionários do consórcio contratado para a execução da obra trabalham neste túnel, que completará o complexo viário. A entrada e a saída da passagem já estão prontas e os operários concentram-se nas escavações embaixo da linha férrea.

O prefeito Marco Bertaiolli destaca a qualidade do projeto que deu origem à obra e o apoio recebido do Ministério das Cidades. “Aqui na Prefeitura de Mogi das Cruzes, nós temos uma equipe técnica muito qualificada, o que nos permite apresentar bons projetos e pleitear recursos federais para grandes intervenções na cidade. A saúde financeira do município é outra realidade que colabora para isso. Esses fatores, somados à visão e ao apoio do ministro Kassab, foram decisivos para realizarmos este sonho em Mogi das Cruzes”, completa, acrescentando que todo o recurso para a obra já está assegurado: “A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que, para toda obra contratada, é preciso haver os recursos garantidos, inclusive a contrapartida municipal”.