Reportagem publicada pela Folha nesta terça (14) mostra que temperaturas ultrapassaram o patamar histórico para a primavera, a umidade do ar está baixa e a previsão é de mais um período prolongado de estiagem.
Sistema Cantareira está em seu nível histórico mais baixo

Sistema Cantareira está em seu nível histórico mais baixo

 

 

 

 

Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (14) mostra que, em meio à crise hídrica que afeta o Estado, as temperaturas ultrapassaram o patamar histórico para a primavera, a umidade do ar está baixa e a previsão é de mais um período prolongado de estiagem.

Na segunda-feira (13), em Santana, zona norte da capital, a estação do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou 35,9°C. Conforme a reportagem, é a terceira temperatura mais alta para um mês de outubro desde 1943, quando a série histórica teve início. Neste ano, só três dias seguidos em fevereiro atingiram temperaturas maiores.

O jornal informa que a estação do IAG/USP, na zona sul, registrou no mesmo dia a temperatura de 36,1°C, a maior desde 1933, incluindo todas as estações do ano.

O calor atípico deixa o quadro da crise hídrica mais grave. O volume das represas do Sistema Cantareira chegou a 4,7%, novo recorde, na segunda-feira.

Segundo a Folha, massas de ar quente, como a que está estacionada sobre São Paulo, impedem a entrada de frentes frias vindas do Sul onde é mais urgente a necessidade de chuva.

Para alimentar o Cantareira é preciso chover ao norte da Grande São Paulo, como na região de Atibaia.

Não bastasse o calor fora da curva, a umidade do ar baixa faz piorar a sensação de abafamento na cidade. Há seis dias, a umidade relativa do ar em São Paulo tem ficado entre os 18% e 30%.

Na Grande São Paulo, desde o final de semana, existe outro agravante: a poluição do ar, que, de acordo com a classificação da agência ambiental de São Paulo, a Cetesb, estava “muito ruim” nesta segunda e chegou ao inédito nível “péssimo”, no sábado.

A reportagem informa ainda que, desde que os padrões da qualidade do ar ficaram mais rígidos na capital, há um ano e meio, nunca a poluição havia sido classificada como péssima pelo órgão oficial.

As previsões dos meteorologistas para os próximos dias não são boas: as temperaturas altas devem seguir até ao menos a segunda (20), sem chuva.