Além de um persistente crescimento no número de roubos, a população da capital paulista tem convivido nos últimos dias com “arrastões”, com ladrões atuando em grupos para assaltar pedestres e motoristas nas ruas da cidade. Para o vereador paulistano Coronel Álvaro Camilo, eleito deputado estadual pelo PSD, “é necessária uma eficaz ação policial e a rápida punição dos infratores para inibir o crescimento desse tipo de crime”.
Segundo ele, os arrastões estão se tornando mais comuns e ocorrendo em novas áreas da cidade. “Antes, esse tipo de crime só ocorria em condomínios e restaurantes, mas hoje tem migrado para outros locais, como pontos de ônibus e vias congestionadas”, afirma o vereador, que já foi comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Dados da Secretaria de Segurança do Estado mostram que o número de roubos na cidade de São Paulo vem aumentando há 15 meses e, nos primeiros oito dias de outubro foram registrados arrastões na cidade. O mais recente ocorreu na quarta-feira (8), às 19h30, na avenida Morumbi (zona Oeste), tendo como alvo donos de veículos que estavam parados no trânsito. Ao menos três pessoas tiveram celulares, bolsas e joias levados por assaltantes armados. Três criminosos foram presos, mas somente uma arma de brinquedo foi encontrada.
A maior parte dos crimes desse tipo tem ocorrido nas regiões Oeste, principalmente no Morumbi, e Centro Sul da capital, que são relativamente próximas. “O governo precisa dar prioridade à segurança pública e aumentar o policiamento ostensivo nessas regiões onde os criminosos têm agido. É necessário utilizar a polícia investigativa para saber quem está por trás desse tipo de crime e contar com o auxílio da tecnologia, utilizar câmeras de segurança fazendo o monitoramento permanente nos locais mais visados pelos criminosos”, afirma Álvaro Camilo.
Mais policiamento
O governador Geraldo Alckmin anunciou na manhã desta sexta-feira (10) que vai reforçar o policiamento na região do Morumbi com 80 policiais militares. Além disso, outros 80 homens reforçarão temporariamente a segurança na região, onde também serão instaladas cinco bases comunitárias móveis. “Serão realizados bloqueios com abordagens, policiamento ostensivo em pontos mais críticos e patrulhamentos com motos nas áreas em que o trânsito dificulta. As bases ficarão em locais estratégicos”, detalhou o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella.