Parte da grande dificuldade do governo para aprovar no Congresso Nacional a reforma da Previdência tem nome: o poderoso corporativismo de setores que resistem a ter seus privilégios diminuídos. O funcionalismo público, que reúne categorias bem organizadas e em melhor situação financeira, é o principal desses grupos. Recentemente, o deputado federal Reinhold Stephanes (PSD-PR) disse que a maior resistência à reforma não é de quem está se aposentando com um salário mínimo: “Vem do corporativismo de categorias em melhor situação, que não querem abrir mão de direitos”.
As discussões da reforma da Previdência são apenas a face mais recente e exposta da influência do corporativismo nas grandes decisões para o País. A defesa dos interesses de categorias profissionais em detrimento dos da sociedade de uma maneira geral está entranhada nas estruturas brasileiras e são, em certa medida, responsáveis pelas dificuldades que o Brasil tem para avançar mais rápido.
Para discutir o corporativismo, o Espaço Democrático – fundação de estudos e formação política do PSD – vai reunir na próxima quinta-feira (15), a partir das 15h, cinco de seus principais colaboradores para o debate “O corporativismo trava o Brasil?”. Estarão na mesa os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, o economista Luiz Alberto Machado, o sociólogo Túlio Kahn e o advogado Hélio Michelini Pellaes Neto.
O debate será transmitido on-line pela página do Espaço Democrático no Facebook.