Celso Gaúcho (PSD), prefeito de José Bonifácio, cidade de 35 mil habitantes do interior paulista, investe em soluções criativas para contornar a falta de dinheiro

 

O prefeito Celso Gaúcho

A queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) complicou a situação financeira de muitas cidades. E com José Bonifácio, município com 35 mil habitantes do Noroeste paulista, não foi diferente, segundo o prefeito Celso Olimar Calgaro (PSD), conhecido como Celso Gaúcho.

Experiente, o chefe do executivo já foi vereador e também exerceu o cargo de prefeito por dois mandatos na década passada. Para o atual mandato, ele diz que o maior desafio será superar a escassez de recursos. “O principal problema nosso é o mesmo de todo município, que é a queda no FPM. Com menos dinheiro, a gente tem que lutar ainda mais para melhorar alguma coisa. É muito difícil aumentar a receita na atual fase que o país atravessa. A nossa esperança é apostar no comércio, que pode dar uma resposta mais rápida a essa questão, dando incentivos para tentar elevar o faturamento com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)”.

Com uma arrecadação anual prevista de R$ 88 milhões, a prefeitura hoje tem 1.200 servidores. Quando assumiu o cargo, no início deste ano, Celso Gaúcho tinha 58% do orçamento mensal comprometido com a folha de pagamento dos servidores. “Já baixamos para 53%. Estamos diminuindo comissões, horas-extras e o que for possível para reduzir a folha de pagamento. Ainda estamos próximo ao limite permitido, que é 54%. Nossa meta é chegar a 45%”, explica.

Contudo, apesar da falta de dinheiro, Celso Gaúcho tem orientado sua equipe a otimizar a utilização dos recursos disponíveis. Logo que assumiu, ordenou que os servidores deixassem a frota e maquinários em bom estado para realizar os serviços de manutenção que a cidade precisa “Consertamos os carros e o maquinário e em menos de dois meses fizemos os reparos e melhorias que estradas e pontes da cidade precisavam”, conta.

Já na área da habitação, a expectativa é a melhor possível. “Temos uma empresa que vai fazer um loteamento na cidade para construir 700 unidades pelo programa Minha Casa, Minha Vida, e também estão previstas mais 180 casas com recursos do governo estadual. Com isso, o deficit habitacional será zerado durante meu governo”, comemora o prefeito.