Comissão presidida pelo deputado Ricardo Izar (PSD-SP) ouviu João Pedro Stedile sobre a morte de 724 bovinos na Fazenda Cedro, abatidos a tiros e golpes de facão por membros do movimento que invadiram a fazenda em janeiro.
Deputado Ricardo Izar (SP) – Foto: Cláudio Araújo

Deputado Ricardo Izar (SP) – Foto: Cláudio Araújo

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga casos de maus-tratos a animais, presidida pelo deputado Ricardo Izar, do PSD de São Paulo, realizou audiência pública para ouvir o presidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile.

O convite foi motivado por denúncia sobre a morte de 724 bovinos, feita pelo veterinário Carlos Vinícius da Silva, administrador da Fazenda Cedro, que fica nas proximidades do município de Marabá (PA). De acordo com Silva, ouvido pela CPI, os bovinos foram abatidos a tiros e golpes de facão por membros do movimento que invadiram a fazenda em janeiro.

Stedile alegou que o MST do Pará é vítima de uma armação por conta da tensão pela disputa das terras na região. “Temos a política de educar a militância e proibir qualquer tipo de violência e maus-tratos contra animais.”

A reunião foi marcada por discussões entre parlamentares e o líder do MST. Após a sessão, Izar lamentou o desvio de foco nos debates. “Infelizmente, essa audiência partiu mais para a politização do que para a realidade do caso, que envolve crueldade com animais. De qualquer forma, o inquérito da polícia civil já está em curso para apuração dos fatos e indiciamento dos culpados.”