A Cracolândia, na Luz, região central de São Paulo, volta a ser assunto na mídia. O assunto é importante e precisa ser discutido para se encontrar soluções. Por isso já foi tema de debate no Espaço Democrático em 2014.

INTERNACAO COMPULSORIA CRACK

A Cracolândia, na Luz, região central de São Paulo, volta a ser assunto na mídia. Em janeiro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou matéria onde relata que encontrou ao menos 700 usuários, no dia anterior, usando crack ou dormindo no local.

O assunto é importante e precisa ser discutido para se encontrar soluções. Por isso já foi tema de debate no Espaço Democrático em abril de 2014. Durante o evento, que foi transmitido ao vivo pela internet, o secretário nacional de políticas sobre drogas, Vitore Maximiano, disse que dependentes químicos precisam de tratamento, não de polícia. “Há necessidade de uma política de acolhimento pela parceria entre as áreas de saúde e assistência social”, falou ele.

A coordenadora do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, que também participou do debate, lembrou que durante a administração do prefeito Gilberto Kassab foi criado o Complexo Prates, um espaço que reunia ações das secretarias de Saúde, Assistência Social, Esportes, Cultura e Educação.

Na época da criação e implantação do Complexo, Alda ocupava o cargo de secretária da Assistência Social, e esse foi um dos seus projetos que desenvolveu para os dependentes de drogas.

A ação integrada era parte do plano para pôr fim à Cracolândia. “O Complexo Prates foi concebido com o objetivo de atrair os usuários de drogas, para tratar e dar condições para ele reestruturar sua vida”, disse Alda.

O projeto incluía salas de leitura e de jogos, casa abrigo, albergue, horta, escola de informática, educadores, psicólogos, médicos, cabeleireiros, e, claro, a estrutura física que possibilitava suprir as necessidades básicas dos usuários.

Para Alda, a abordagem desta questão terá sempre que ser multidisciplinar, como a do modelo criado no Complexo Prates: “Atrair os usuários, conquistar sua confiança e convencê-los a aceitarem tratamento médico. Ao mesmo tempo, criar oportunidades para reinserção tanto na família como na sociedade, de forma saudável e produtiva”. Para ela, outras instâncias de poder têm que, simultaneamente, dar combate ao tráfico. “Barrar o tráfico é fundamental para diminuir a entrada de novos usuários”, conclui.