Projeto de retirada de água do rio Paraíba inclui a construção de um sistema de canais, túneis e estações elevatórias em um traçado de 15 km.

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O Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), braço do MPE (Ministério Público Estadual), instaurou na terça-feira um procedimento preparatório de inquérito civil (espécie de investigação prévia) para avaliar os impactos ambientais que a retirada de água do rio Paraíba do Sul pode causar à fauna e flora.

A proposta é defendida pelo governo do Estado como uma forma para suprir a seca do sistema Cantareira. O projeto inclui a construção de um sistema de canais, túneis e estações elevatórias em um traçado de 15 km. A Promotoria, porém, aguarda receber o projeto do Estado para então começar a avaliar os possíveis danos à região.

“A questão ambiental é muito grave, me causa grande preocupação. Mas, sem o projeto em mãos é impossível avaliá-lo. Primeiro precisamos ver no que consiste o plano, para depois pensar no próximo passo”, afirmou o promotor Laerte Fernando Levai. Ele espera que o documento chegue à Promotoria no final de abril.

Além do plano da transposição, o Gaema solicitou ainda laudos técnicos de outros órgãos envolvidos no projeto, como a Cetesb (Companhia Tecnológica de Saneamento Ambiental), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), e a ANA (Agência Nacional de Águas).