Ex-comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo e deputado estadual do PSD vai integrar a cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo

 

Coronel Camilo: “Pela primeira vez, teremos policiais na cúpula da Segurança, trabalhando diretamente com o secretário”

 

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (30), o governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a composição da cúpula que ficará responsável pela segurança pública no Estado a partir de 2019. O ex-vereador, deputado estadual e coronel Álvaro Batista Camilo (PSD), de 57 anos, foi escolhido como secretário-executivo da Polícia Militar, cargo que será criado pela nova gestão, e terá entre suas atribuições a função de assessorar o futuro secretário de Segurança, o general João Camilo Pires de Campos.

“Fiquei muito honrado com o convite. Pela primeira vez, teremos policiais na cúpula da Segurança, trabalhando diretamente com o secretário”, afirmou Álvaro Camilo.

Uma de suas prioridades será a construção de unidades do BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e a expansão do policiamento comunitário, além de investimentos em tecnologia, capacitação profissional e valorização dos policiais. “O secretário-executivo será um facilitador de estudos e desenvolvimento de projetos, participará das decisões. Vejo com bons olhos essa experiência, que tem tudo para dar certo”, definiu o coronel.

Ex-comandante-geral da Polícia Militar, Álvaro Camilo criou a Operação Delegada em 2009, projeto iniciado na gestão do então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Realizado em parceria com o Governo do Estado, o programa estabelece que a Prefeitura pague diárias a policiais militares de folga para aumentar a segurança nas ruas e combater o comércio ambulante ilegal.

Líder do PSD na Assembleia Legislativa desde 2015, Camilo é autor da Lei 16.049/2015, conhecida como a Lei dos Pancadões, que proíbe carros estacionados na rua, ou em áreas como shoppings e postos de gasolina, de emitirem som em alto volume. O parlamentar destacou-se ainda pela autoria do projeto que instituiu oficialmente o programa Vizinhança Solidária como política pública de segurança no Estado. O programa foi criado em 2009, quando Camilo era comandante-geral da PM.

Integração

Durante a entrevista coletiva em que anunciou os novos nomes, Doria garantiu que sua gestão será “implacável em relação às facções criminosas, em todos os âmbitos e características.” Ele ressaltou que as polícias militar e civil e o Corpo de Bombeiros atuarão de maneira “absolutamente integrada, dentro daquilo que a modernidade determina para a polícia no plano mundial.”

Ainda segundo o governador eleito, “a Polícia Científica terá apoio integral em recursos, tecnologia e cursos de aperfeiçoamento.”

Para o cargo de secretário-executivo da Polícia Civil, que também será criado pela nova gestão, Doria anunciou o ex-delegado-geral Youssef Abou Chahin, de 55 anos. O governador eleito manterá o coronel Marcelo Vieira Salles, de 51 anos, no Comando Geral da Polícia Militar, função que exerce desde abril. Salles é especialista em policiamento a cavalo, defesa civil, políticas estratégicas e gestão de defesa.

Ruy Ferraz Fontes, de 57 anos, foi escolhido para o cargo de delegado-geral. Diretor do Departamento de Narcóticos (Denarc), ele é considerado especialista em investigações de ações do Primeiro Comando da Capital (PCC).